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O desmatamento na Amazônia aumentou 212% em outubro de 2019 em relação ao mesmo mês no ano passado, segundo levantamento divulgado esta terça-feira pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia ( Imazon ). Em 2018, foram perdidos 187 km². Desta vez, 583 km².

O Pará lidera o ranking, com 59% da área desmatada, seguido por Mato Grosso (14%), Rondônia (10%), Amazonas (8%), Acre (6%), Roraima (2%) e Amapá (1%).

Segundo o Imazon, o desmatamento é a remoção completa da vegetação florestal, normalmente para conversão em área de pasto. Há, também, o processo de degradação, que consiste na extração de árvores, normalmente para comercialização de madeira, e incêndios florestais.

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O território degradado aumentou 394%, passando de 125 km² em outubro de 2018 para 618 km² no mesmo mês de 2019. Neste caso, o Mato Grosso lidera o ranking (74%). O Pará aparece na segunda posição (17%).

Cientistas afirmam que, se for mantido o atual ritmo de devastação, o desmatamento na floresta pode se tornar irreversível em dez anos , passando por um processo em que a vegetação vai se tornar semelhante a uma de savana.

O Fundo Amazônia , que já recebeu R$ 3,4 bilhões desde sua criação, em 2008, ainda não teve nenhum projeto aprovado este ano. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles , declarou que deseja mudar a destinação dos recursos , contrariando os países doadores , Noruega e Alemanha , que congelaram novos repasses .
Salles participa desde o início da semana da Conferência do Clima (COP-25) em Madri, onde pretende reivindicar verbas para conservação ambiental. O ministro afirmou que não planejará novas ações enquanto não receber recursos pela redução das emissões de gases estufa na década passada.

O município que registrou maior desmatamento foi Pacajá (PA). Logo depois, cinco cidades localizadas na área de influência da usina Belo Monte — Altamira, Portel, Uruará, São Félix do Xingu e Placas.

Pouco mais de metade do desmatamento (54%) ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse, seguido por assentamentos (32%), unidades de conservação e terras indígenas (7% cada).

(OGlobo)