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Moradores relatam falta de remédios na farmácia popular de Jaboticabal (Foto: Cláudio Oliveira/EPTV)

Do G1- Pacientes que procuram medicamentos na farmácia municipal de Jaboticabal (SP) têm saído da unidade de mãos vazias. Há pelo menos dois meses, segundo relato dos moradores, faltam antibióticos, anti-inflamatórios e até materiais de uso contínuo, como luvas e seringas descartáveis, no local. A Prefeitura de Jaboticabal justificou que a falta de remédios se deve à alta demanda e informou que tenta reforçar o estoque com até quatro licitações por mês para a compra de medicamentos.


Enquanto a situação não é normalizada, muitas famílias contam que estão arcando com as despesas dos medicamentos, comprando em drogarias convencionais. É o caso do comerciante Mauro Soares, que é diabético e precisa de seringas descartáveis para aplicação de insulina diariamente. Acontece que há dois meses o material está em falta.

"Vou buscar e nunca consigo. Estou usando a mesma seringa três vezes ao dia. Não é certo. Tem que usar e descartar. Mas como não tem na farmácia do povo, tenho que fazer isso aí", reclama Soares.

O problema é compartilhado pela dona de casa Andrea Boldrin, que também não consegue as seringas para o filho diabético. Segundo a moradora, a única justificativa que recebeu é de que o material está sem previsão de chegada.

"Meu filho depende da insulina e são três aplicações por dia. Comprei um pacote [de seringas] e me doaram outros dois. Arcar com isso toda vez é caro, sem contar o tratamento que ele faz com a dieta, já que não pode comer nada com açúcar", diz Andrea, destacando que dez seringas custam R$ 30 na farmácia convencional.

Até mesmo moradores respaldados por ordem judicial relatam problemas na hora de retirar os medicamentos na farmácia municipal. Uma mulher que preferiu não se identificar diz que os remédios para o tratamento do filho, que é ansioso e hiperativo, nunca é encontrado no estoque.

"Mesmo com a ordem judicial acontece de não ter. Tem que ficar em cima. Fico preocupada, porque meu filho não pode ficar sem o medicamento. Comprar eu não tenho condições. O remédio custa mais de R$ 200. O certo seria não faltar, vir certinho todo mês", reclama a mulher.

Pacientes que procuram medicamentos na farmácia municipal de Jaboticabal (SP) têm saído da unidade de mãos vazias. Há pelo menos dois meses, segundo relato dos moradores, faltam antibióticos, anti-inflamatórios e até materiais de uso contínuo, como luvas e seringas descartáveis, no local.

A Prefeitura de Jaboticabal justificou que a falta de remédios se deve à alta demanda e informou que tenta reforçar o estoque com até quatro licitações por mês para a compra de medicamentos.

Enquanto a situação não é normalizada, muitas famílias contam que estão arcando com as despesas dos medicamentos, comprando em drogarias convencionais. É o caso do comerciante Mauro Soares, que é diabético e precisa de seringas descartáveis para aplicação de insulina diariamente. Acontece que há dois meses o material está em falta.

"Vou buscar e nunca consigo. Estou usando a mesma seringa três vezes ao dia. Não é certo. Tem que usar e descartar. Mas como não tem na farmácia do povo, tenho que fazer isso aí", reclama Soares.

 

O problema é compartilhado pela dona de casa Andrea Boldrin, que também não consegue as seringas para o filho diabético. Segundo a moradora, a única justificativa que recebeu é de que o material está sem previsão de chegada.

"Meu filho depende da insulina e são três aplicações por dia. Comprei um pacote [de seringas] e me doaram outros dois. Arcar com isso toda vez é caro, sem contar o tratamento que ele faz com a dieta, já que não pode comer nada com açúcar", diz Andrea, destacando que dez seringas custam R$ 30 na farmácia convencional.

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Pacientes diabéticos não conseguem retirar seringas descartáveis na farmácia (Foto: Cláudio Oliveira/EPTV)

Nem mesmo uma pomada para hematomas é encontrada nas prateleiras da farmácia. A aposentada Nilce Fiorezi precisava do medicamento para aplicar no neto de 2 anos, que caiu enquanto estava na creche e machucou a cabeça. Nilce, no entanto, saiu do local apenas com um analgésico.

"Só tem dipirona, não tem o resto dos remédios. Na lista tem pomada, que é anti-inflamatório, porque meu neto ficou com um galo na cabeça. Agora, vou ter que comprar. Vou levar a receita para a minha nora e falar que não tem o remédio. Fazer o que?", lamenta Nilce.

"A Prefeitura não consegue atender toda a demanda da farmácia porque tem que passar por todo o processo burocrático dessas licitações." José Paulo Lacativa, secretário de Governo de Jaboticabal.

Demanda x Licitações

O secretário de Governo de Jaboticabal, José Paulo Lacativa, alega que a demanda de medicamentos é cada vez maior, o que dificulta o atendimento de todos os pedidos, diante do estoque disponível. Lacativa diz que já abriu até quatro licitações por mês para a compra dos produtos.

"Há licitações que acontecem quase que semanalmente. Muitas vezes esses medicamentos podem estar dentro de alguma licitação que ainda está para ser homologada, ou alguma licitação que ainda está para ser feita. A Prefeitura não consegue atender toda a demanda da farmácia porque tem que passar por todo o processo burocrático dessas licitações", explica.

Em relação ao cumprimento de ordens judiciais, Lacativa diz que a administração tenta entregar todos os medicamentos. "Já aconteceu de a Prefeitura não encontrar em laboratório. A administração tem se empenhado, tem feito todos os processos licitatórios para não deixar que esses medicamentos deixem de ser fornecidos", conclui.