Do G1 - O preço do material escolar subiu até 68,85% em 2015 no comparativo com o mesmo período do ano passado. Isso é o que aponta uma pesquisa do Núcleo de Pesquisas Econômico Sociais (Nupes) da Universidade de Taubaté.
A pesquisa de preços foi feita em 10 papelarias em São José dos Campos e Taubaté e divulgada neste domingo (11). Foram pesquisados o preço de 12 itens - caderno, lápis preto lápis de cor, giz de cera, canetas coloridas, cola, borracha, tesoura, régua, apontador, papel sulfite e mochila.
A maior variação no preço médio em relação a janeiro de 2014 foi da caixa de giz de cera, com 12 cores, que saltou de em média R$ 3,66 pra R$ 6,18. A cola em embalagem de 40 gramas subiu 37,21%, de R$ 1,72 para, em média, R$ 2,36 neste ano. A tesoura, lápis preto e lápis de cor também subiram entre 32,60% e 27,7%.
Considerando todos os itens, a compra teve uma alta média de 9,71% - saltando de R$ 161,27 em 2014 para R$ 176,04 neste ano.
Variação
Além do aumento no preço, os consumidores devem ficar atentos à variação nos preços dos itens vendidos pelas papelarias. A pesquisa mostrou que o mesmo produto é vendido quase quatro vezes mais caro no comparativo entre dois estabelecimentos.
Uma mochila, por exemplo, pode ser encontrada por R$ 26,90 ou R$ 195,25, uma variação de 625,8%. Outro exemplo é a tesoura, é vendida por R$ 1.90 em uma papelaria e R$ 8,99 em outra, variação de 373%. Os preços da tesoura e da cola também variaram mais de 300%. Na média, a variação entre os itens foi de 235,32%.
Dica
Por isso, a dica do economista do Nupes, Luiz Carlos Laureano da Rosa, é que os pais façam pesquisa de preços e, de preferência, façam as compras sem a presença dos filhos. O economista também sugere que os pais reaproveitem materiais escolares de outros anos e que façam compras com outros grupos de pais em lojas de atacado.
"A pesquisa leva em consideração a variação, então o pai tem que tentar comprar o mais barato ou o intermediário, sem esquecer da qualidade do produto. Quando fiz a pesquisa vi muitos pais com os filhos, minha dica é não levar, pois as crianças acabam optando pelo produto mais caro, que é o que tem capa dura, no caso dos cadernosm e desenhos", afirmou o economista.
Para driblar o aumento, a publicitária Lucila Kawai conta que segue a dica de reaproveitar materiais dos outros anos, além disso, ela guarda dinheiro para pagar os produtos à vista. "Ainda não comprei todo o material do meu filho, mas já notei um aumento muito grande nos preços dos livros didáticos, então tento reaproveitar materiais de outros anos como dicionário e calculadora para economizar, além de pedir descontos à vista", disse.