Três foram detidos juntos, pela manhã, e confessaram o crime; Tripa foi encontrado mais tarde, com a arma do crime

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Dois meninos e uma menina, todos menores de 18 anos, confessaram ter matado o jovem Michael Lucas de Almeida Reginaldo, de 13 anos, na madrugada de quarta-feira (18), no Jardim Brasil, em Araraquara.

Eles foram detidos pelos investigadores da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) na manhã desta sexta-feira (20), no bairro onde ocorreu o crime.

A menina foi detida primeiro, em casa, porque havia sido vista com Michael horas antes do crime. Em seguida, ainda no bairro, os policiais detiveram os dois garotos em um bar do Jardim Brasil. Com eles havia porções de maconha e cocaína prontas para a venda.

O trio foi levado para a DIG e ouvido separadamente, mas acabou caindo em contradição. Eles foram confrontados e um deles, conhecido com Di Menor, de 15 anos, acabou confessando, com detalhes.

Os adolescentes indicaram a participação de um outro menor, um traficante de 14 anos conhecido como Tripa, como coautor do crime. Ele foi detido na Rua Ermelindo Magnani, no Jardim Brasil, com a faca usada para atacar Michael. A arma estava escondida debaixo de uma piscina velha, no quintal da residência.

O CRIME - Segundo a confissão dos menores, a menina de 14 anos atraiu Michael até o local do homicídio, o quintal do prédio onde hoje funciona o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), na Rua Amazonas, mesmo lugar do antigo Pronto Socorro da Vila Xavier, onde Tripa, Di Menor e Kainã, 17, dariam um susto nele. O local era usado pelo grupo para comércio e uso de drogas e prostituição.

Lá, os três garotos esperavam por Michael e o esfaquearam 15 vezes. O crime teria sido motivado por brigas entre eles envolvendo os programas e drogas, além de um celular que Roxelly vendeu para Michael e ele não pagou.

Os quatro faziam parte do grupo de amigos de Michael na prostituição e venda de drogas. A menina o acompanhava nos programas e entregava o entorpecente fornecido pelos meninos.

A adolescente esteve no velório acompanhada de uma outra garota de programa para debochar de Michael, atraindo a atenção da família e da polícia.

INVESTIGAÇÃO - "As investigações começaram logo após o corpo do menino ser encontrado. Foi um trabalho rápido, porque depoimentos de familiares ajudaram a levar até os envolvidos. É um crime que muitas pessoas ficaram perguntando se era homofóbico, mas pelo que a gente apurou, eram todos amigos, todos estavam se prostituindo também, e um celular desapareceu e por isso ocorreu o crime.

O adolescente Di Menor já tem passagem por tráfico. Já familiares de Roxelly já haviam procurado a polícia pedindo ajuda para controlar a menina.

Todos eles responderão por ato infracional de homicídio, associação criminosa e tráfico de drogas e, serão recolhidos a unidades de detenção para menores de 18 anos na região (Araraquara.com)