Um padre de Borborema registrou um boletim de ocorrência de agressão contra o vereador Elvio Martin (DEM) nesta quarta-feira (19). Valdir Davi de Oliveira conta que estava almoçando na casa de uma conhecida na terça-feira (18) e, quando saiu do local, no final da tarde, o parlamentar, que estava no carro do lado de fora, partiu para cima dele.
O vereador teria dado três tapas no rosto cara do padre. Segundo as informações do boletim de ocorrência, o desentendimento entre os dois começou no ano passado, quando o vereador denunciou que a prefeitura estava financiando a encenação da Via Sacra, o que, segundo o presidente da Câmara, Celso Gerbassi, está dentro da lei.
O vereador diz que não foi contra o financiamento do evento e que houve uma discussão com o padre, mas ele nega a agressão. “O que aconteceu é que no ano passado eu protocolei no Ministério Público uma denúncia de superfaturamento na realização do carnaval, que foi feito pela mesma empresa da Via Sacra”, explica.
O vereador informou ainda que, há 90 dias, pediu retratação do padre porque, segundo Elvio, ele teria sido criticado pelo sacerdote durante uma missa.
O presidente da Câmara vai analisar o caso e pode até pedir o afastamento do parlamentar por quebra de decoro parlamentar.
Outra confusão
Discussão também envolvendo vereador em Agudos. Um parlamentar se desentendeu com um morador depois da última sessão da câmara, na segunda-feira (17). Durante o pronunciamento na tribuna, o vereador Luciano Durães, do PP, pediu paciência à população em relação à liberação de um campo de futebol recém-inaugurado no Parque Pampulha.
Segundo ele, um cidadão estaria pressionando diariamente o secretário de Esportes para liberar o uso do campo, mas ele explicou que a grama ainda precisa de alguns ajustes. O morador Leandro Pardin, que é ex-membro da associação desportiva da cidade, estava acompanhando a sessão pela internet e achou que a fala era uma provocação e que o vereador estava se referindo a ele, mesmo sem citar nomes.
Segundo Leandro, antes da construção do campo, a associação utilizava o local, quando ainda só tinha terra, mas desde que a prefeitura começou a montar o campo, a associação deixou de usar o local. Quando ouviu o pronunciamento do vereador, ele foi até a Câmara, aguardou o final da sessão e abordou Luciano no pátio ao lado do plenário. Eles discutiram e Leandro teria levado um soco do vereador.
Luciano Durães disse que agiu em legítima defesa, já que Leandro partiu pra cima dele de maneira agressiva. O morador registrou boletim de ocorrência de ameaça e vias de fato e alega que, além da agressão, foi ameaçado por um assessor do vereador. Já Luciano Durães não registrou nenhum boletim contra o morador. (G1)