As polícias Militar e Civil fazem um trabalho intenso para identificar os criminosos que participaram do ataque a agências bancárias em Botucatu entre a noite de quarta-feira (29) e madrugada de quinta-feira (30).

Na manhã desta segunda-feira (3), a polícia prendeu quatro mulheres e um homem suspeitos de ajudarem na fuga dos bandidos.

De acordo com o delegado seccional Lourenço Talamonte Neto, depois do ataque e confronto com a polícia, muitos criminosos fugiram a pé e ficaram escondidos na cidade, aguardando ajuda para fugir.

Segundo a polícia, entre 30 e 40 homens, fortemente armados, teriam participado da ação que causou pânico na cidade de pouco mais de 115 mil habitantes. Os criminosos explodiram uma das agências e outras duas foram atingidas por tiros e estilhaços da explosão.

Os bandidos trocaram tiros com a polícia e incendiaram veículos, um deles em frente ao batalhão da PM, para atrapalhar a ação dos policiais. Outros cinco veículos foram incendiados em rodovias nos acessos a cidade.

Dois policiais ficaram feridos e um suspeito foi morto durante uma troca de tiros na manhã de quinta-feira. Segundo a polícia, foram apreendidos carros, armas e outros materiais usados pelos criminosos, objetos que vão ajudar nas investigações sobre o caso.

“Será feito um trabalho de investigação, de inteligência policial para identificar essas quadrilhas. Isso utilizando as mais modernas técnicas de identificação digital, de DNA, para identificar os infratores responsáveis por essa ação”, explica o coronel da Polícia Militar, Aleksander Lacerda.

Cerco policial

Segundo o coronel, a ação imediata da PM que fez um cerco nas principais saídas da cidade surpreendeu os criminosos e possibilitou a apreensão de todo esse material.

Isso foi possível porque havia equipes especiais da PM realizando treinamento na região, que se deslocaram rapidamente para vários pontos da cidade.

“Tudo mudou a partir do cerco que fizemos. Eles foram surpreendidos por essa organização. Eles não esperavam que a gente tivesse formado esse esquema de proteção para cercar a saída deles da cidade.”

“Apreendemos uma quantidade de armamento que surpreendeu, especial a metralhadora ponto 50, porque é um tipo de armamento que não é comum ser usado em um roubo de banco. É uma arma que é normalmente usada em conflitos internacionais como a guerra da Síria, no Afeganistão, até para derrubar aeronaves. Nós retiramos essa arma das mãos deles”, completa.

Embora todo o trabalho de inteligência das polícias, até o momento ninguém foi preso. A polícia recuperou R$ 1,6 milhão em malotes levados pelos criminosos, mas a quantidade total levada pela quadrilha não foi informada.

Das três agências bancárias atacadas, somente o Banco do Brasil, que era o alvo da quadrilha, segundo a polícia, ainda não voltou a funcionar. De acordo com o banco, a empresa atua para normalizar o atendimento nesta quarta-feira (5). (G1)