Uma variante do vírus da gripe, chamada de H3N2, pode ser a responsável pela disparada de casos da doença na cidade de São Paulo. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, na última, semana houve um “aumento significativo” de pessoas com síndrome gripal nas unidades de saúde da capital.

 

Só na primeira quinzena deste mês, os casos de atendimento respiratório já superam as suspeitas de Covid-19. Foram 46.557 casos de problemas respiratórios e 45.325 suspeitos de coronavírus. Em novembro, os casos confirmados de gripe já chegavam próximos ao patamar dos atendimentos por Covid-19.

O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou que as vacinas aplicadas em São Paulo foram para enfrentar o vírus H1N1 e que, para o H3N2, é necessário outro imunizante.

Segundo o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, o infectologista Renato Kfouri, essa variante já circula em outros países e a expectativa era de que ela chegasse ao Brasil só no ano que vem, no início da primavera. Até lá, o país já teria a vacina atualizada para proteger contra o vírus H3N2.

O represamento de casos de gripe por conta da Covid-19, no entanto, e cuidados como uso de máscara fizeram com que a chegada dessa variante da gripe fosse antecipada, o que não é comum, segundo Kfouri. Além disso, o relaxamento das medidas restritivas também fez com que os casos de gripe aumentassem.

Capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus e Porto Alegre já vivem uma situação semelhante à de epidemia sazonal de gripe, que acontece todo ano.

A preocupação agora é com os grupos de risco como idosos, grávidas, crianças, pessoas com doenças crônicas e imunossuprimidos.

A boa notícia é que existe tratamento para a Influenza quando a doença é diagnosticada no início dos sintomas como febre, dor no corpo e mal estar.

O diretor do Centro de Contingência do Estado de São Paulo, Paulo Menezes, disse que, por enquanto, não terão novas medidas restritivas. A recomendação de cuidados segue a que já vem sendo adotada para conter o coronavírus, como uso de máscaras, limpeza das mãos e evitar aglomeração.

CNN