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Maria Casadevall é a nova queridinha do horário nobre da TV. Com beleza natural e ar romântico, a Patrícia da novela Amor À Vida chamou a atenção logo que surgiu na trama pelo cabelo cheio de personalidade e perfume sessentista. O que pouca gente sabe é que o chanel desestruturado da personagem não foi feito especialmente para a novela ou pelas hábeis mãos de um cabeleireiro: foi a própria atriz quem passou a tesoura nos fios em casa antes mesmo de saber que faria o teste para o papel.

“Eu tinha acabado de voltar de um tempo fora do Brasil e estava com ele bem longo. Muita coisa tinha mudado, mas o cabelo, não. Reduzi bastante em um corte no salão, mas achei o visual muito careta. Quando cheguei em casa, coloquei Beatles pra tocar (Ob-La-Di Ob-La-da) e comecei a me olhar no espelho com uma tesoura. Comecei a dar uma cortadinha de um lado, uma repicadinha de outro, e finalizei com a franja, bem curtinha. Minha agente se desesperou quando viu por causa do teste”, contou a atriz ao site da Vogue.

Mudanças radicais não são novidade e não assustam Maria, que já foi loira, ruiva e teve até cabelo preto. “Passei uns cinco anos na Austrália e voltei com cabelão com luzes californianas. Também já tive preto, vermelho - na verdade acaju, bem cafona. . Fui daquelas crianças que passavam chá de camomila nos cabelos para clarear. Adolescente, com uns 14 anos, cansei e passei um tonalizante preto - minha mãe queria morrer - foi a primeira vez que tingi o cabelo”, lembra-se a atriz, que admite que de vez em quando dá umas tesouradinhas no próprio cabelo. “A manutenção do corte eu faço no Projac, mas às vezes dou uma cortadinha em casa. Espero que não leiam isso: sei que não tenho técnica e minha tesoura não obedece qualquer lógica”, diverte-se.

A tesoura pode até não seguir lógica, mas Maria tem uma beleza que ela própria define muito bem. “Gosto de uma beleza quase teatral, nada de beleza estética formatada. Tenho essa pinta no rosto que alguns dias reforço com um lápis e ainda faço uma gota embaixo dos olhos, tipo colombina", diz, sem medo de ser ela mesma. Ainda na seara das maquiagens, a atriz diz que o lápis marrom retrátil é seu fiel escudeiro: "Ele é multiuso - passo nos cantos externos dos olhos para abrir o olhar e uso o mesmo para preencher a sobrancelha. Gosto muito do retrátil da Avon", fala.

Na hora de arrumar os cabelos, o segredo fica por conta dos acessórios. “Meu é tão fininho que não sei como aguenta todas as mudanças sem cair, já que não faço nada de hidratação, não chego nem a secar. Como acho que fica muito sem graça sem nenhum acessório, estou sempre usando algum. Tenho fases de tiara, flores, fivelas e fitas, minha nova paixão. Ultimamente estou amando laços enormes de veludo."

Pelas escolhas musicais e de acessórios,dá para perceber um certo caso de amor da atriz com a década de 60. “Tenho uma quedinha pelos anos 60 mesmo”, confessa. Mas então, se Ob-La-Di Ob-La-Da foi a trilha escolhida para o visual castanho moderninho, quais seriam as músicas da época para as suas outras versões capilares? “Cabelão acho que Blowing in The Wind do Bob Dylan (1963). Loira, Brown Eyed Girl do Van Morrison (1967) e ruiva Julia dos Beatles (1968)”, reflete.

Para aderir ao visual sessentinha repaginado da atriz sem ter que fazer justiça com as próprias tesouras, anote o nome do cabeleireiro a quem a atriz costuma recorrer em São Paulo: “Sempre cortei com o Rodrigo Lima, do Circus Hair, lá na Augusta. Ele é o melhor pra cortes moderninhos”, compartilha a atriz. (Da Vogue)