Ao lado do brasileiro Marlon Teixeira, Georgia May Jagger estrela campanha de perfume Just Cavalli

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Símbolo desenhado no pescoço dos modelos é sagrado para a corrente do Islã. Foto: Reprodução

A campanha do perfume Just Cavalli, da grife italiana de mesmo nome, estrelada pela modelo Georgia May Jagger, filha do astro do rock Mick Jagger e da modelo Jarry Hall, e pelo modelo brasileiro Marlon Teixeira tem causado polêmica entre os fiéis do Sufismo, uma corrente do Islã. Segundo eles, um símbolo que aparece desenhado no pulso da modelo de 22 anos é sagrado para a religião.

 A campanha do perfume, que foi divulgada no meio do ano passado, já gerou manifestações em Londres, Alemanha e Los Angeles, nas quais os fieis islâmicos pedem para ser retirado das fotos e do vídeo a imagem do símbolo, que significa paz e refúgio.

Para a comunidade, formada cerca de 500 mil fiéis no mundo todo, é "degradante a marca usar um símbolo que significa tanto para nós para ter lucros. É desrespeitoso e ofensivo", disse o estudante americano Nasim Bahadorani.

O estilista Roberto Cavalli usa a imagem em suas campanhas desde 2011 e diz que ela representa "a mordida de uma cobra" e "sinal de sedução". "Estamos profundamente tristes de causar este estresse à comunidade Sufis e esperamos que uma decisão da justiça seja tomada logo", disse a grife.

Um vídeo dos fiéis pedindo a retirada das imagens já teve mais de 12 mil visualizações no YouTube, no qual questionam: "quanto tempo vamos esperar para que seja feita alguma coisa contra as injustiças do mundo? Quanto teremos que tolerar o ataque de Cavalli à nossa fé?".

Apesar da polêmica, esta não é a primeira vez que o estilista se vê entre questões religiosas. Há dez anos, ele fez uma linha de biquínis que mostrava deuses hindus. As peças de beachwear chegaram às lojas, mas foram retiradas das pratelerias por pressão dos religiosos. Na época, a grife se desculpou e disse que a ofensa não foi intencional.