A diretoria do Santo André acionou o lateral-direito Cicinho na Justiça cobrando R$ 2,4 milhões do jogador, que foi emprestado pelo Oeste para o Palmeiras para a disputa do Paulistão 2011. O clube do ABC tentou na manhã desta terça-feira cassar a liminar que o libera do contrato de empréstimo até dezembro de 2011, o que o impediria de atuar pelo Palmeiras. 

  

Cicinho foi emprestado pelo Oeste para o Palmeiras por meio de liminar. Clube do ABC pede R$ 2,4 milhões
Marcel Rizzo, iG São Paulo


A diretoria do Santo André acionou o lateral-direito Cicinho na Justiça cobrando R$ 2,4 milhões do jogador, que foi emprestado pelo Oeste para o Palmeiras para a disputa do Paulistão 2011. O clube do ABC tentou na manhã desta terça-feira cassar a liminar que o libera do contrato de empréstimo até dezembro de 2011, o que o impediria de atuar pelo Palmeiras.

A juíza Rose Mary Copazzi Martins, da 4ª vara do Trabalho, manteve a decisão, o que permite o atleta a assinar contrato e jogar pelo time da capital, mas marcou uma audiência para a próxima segunda-feira (24 de janeiro), 9h30min, para tentar chegar a um acordo sobre como o Santo André será ressarcido.

“A juíza entendeu que ele não teria como pagar e que não seria ideal impedi-lo de jogar pelo Palmeiras. E perguntou se queríamos de volta. O Santo André quer o dinheiro e alguém terá que pagar”, disse a advogada Gislaine Nunes, que em conjunto com a empresa do ex-volante Bernardão gerencia há um mês o futebol do Santo André.

Cicinho pertence ao Oeste, que o emprestou em 2010 ao Santo André até o final de 2011. Em novembro, ele alegou à Justiça que estava sem receber salário e que o clube do ABC não depositava o seu FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Ganhou uma liminar que o liberava para voltar ao Oeste, mas, segundo Gislaine Nunes, o jogador omitiu da juíza que havia uma cláusula de R$ 2,4 milhões para negociação nacional e R$ 4,8 milhões para transferência internacional. Se o Oeste o negociasse ainda sob contrato com o Santo André, este precisaria ser ressarcido.

"A gente já sabia disso, já tínhamos estudado a situação, mas em nenhum momento interfirimos. Essa briga acontece entre Santo André e Cicinho e a gente não se envolveu. Mesmo que a juíza resolva punir o atleta na segunda-feira, não há nenhuma possibilidade do nosso vínculo com o jogador ser invalidado", disse o advogado palmeirense André Sica. Segundo ele é Cicinho quem arcará com os custos caso a juíza decida favorável ao Santo André.

Na decisão apresentada nesta terça, a juíza entendeu que o clube pagou corretamente salário e encargos e que a omissão da multa faz com que o Santo André tenha que ser ressarcido, apesar de admitir que o atleta não terá como arcar com esses custos. Na audiência de segunda-feira deve ser definido um valor inferior e quem pagará - a princípio o Palmeiras realmente não será prejudicado. Cicinho não comentou o caso.

Colaborou Danilo Lavieri, iG São Paulo