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A Patagônia chilena pode esconder no fundo do mar uma das maiores e mais bem conservadas florestas de algas do mundo, um dos ecossistemas que mais captam carbono da atmosfera.

No início de abril, a ONG americana Mission Blue viajou para a zona costeira do sul do Chile, cerca de 1.400 km ao sul de Santiago, em uma expedição de reconhecimento da "Patagônia subaquática".

Doze cientistas, cinegrafistas e fotógrafos desceram até 30 metros de profundidade para coletar informações sobre esse ecossistema quase inexplorado.

"Quando falam da Patagônia, imaginamos morros, grandes rochas, ventos, mas poucos sabem o que há debaixo d'água", diz Maximiliano Bello, especialista chileno em política oceânica e integrante da expedição.

A Organização Mundial Meteorológica (OMM) afirmou nesta quarta-feira (17) que as temperaturas globais devem bater taxas recordes nos próximos cinco anos por causa dos gases que causam o efeito estufa e do fenômeno El Niño.

O novo relatório divulgado pela agência da ONU afirma que:

Há uma probabilidade de 66% de a média anual de aquecimento ultrapassar 1,5°C entre 2023 e 2027.
1,5ºC é considerado o “limite seguro” das mudanças climáticas.
Esse é o limiar de aumento da taxa média de temperatura global estipulado para até o final do século a fim de evitar as consequências da crise climática provocada pelo homem em razão da crescente emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.
A taxa é medida em referência aos níveis pré-industriais, a partir de quando as emissões de poluentes passaram a afetar significativamente o clima global.
Em 2022, a temperatura média global já foi de 1,15°C acima da era pré-industrial.
Mais calor: A previsão é que um dos próximos cinco anos seja o mais quente desde o início dos registros.
El Niño: o fenômeno terá grande influência nesse processo e levará as temperaturas globais para "patamares desconhecidos". (Leia mais abaixo sobre os seus efeitos.)
Impacto na Amazônia: Os próximos anos terão anomalias nos regimes de chuvas em vários pontos do mundo, inclusive na região amazônica, no norte do Brasil, onde a previsão é de que chova menos.