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Para o psicólogo americano Ethan Kross, a maneira como a maioria das pessoas lida com sentimentos difíceis é, na maioria das vezes, contraproducente.

"Parece que estamos todos caminhando com dificuldade, ocasionalmente encontrando uma solução acidental ou paliativa para nos ajudar a administrar nossas vidas emocionais", afirma Kross, que é pesquisador na Universidade de Michigan e diretor do Laboratório de Emoção e Autocontrole.

"Às vezes, nossas ferramentas improvisadas ajudam. Às vezes, pioram as coisas. Parece tão aleatório, isolador e ineficiente", diz ele.

Em seu novo livro Shift: How to Manage Your Emotions So They Don't Manage You ("Mudança: Como Controlar seus Sentimentos para que eles não te Controlem", em tradução livre), ele pretende equipar os leitores com um conjunto de ferramentas para navegar os altos e baixos emocionais de forma mais construtiva.

Em entrevista à BBC, Kross falou sobre os benefícios dos sentimentos "negativos", a criação de espaços seguros e oásis emocionais — e as vantagens surpreendentes do entretenimento.

Leia abaixo trechos selecionados da entrevista.

BBC - Quais os principais mitos sobre as emoções?

Ethan Kross - Um grande engano é a ideia de que existem sentimentos bons e sentimentos ruins e que devemos nos esforçar para viver nossas vidas livres de todas "as emoções ruins".

Isso é um erro: nós desenvolvemos a capacidade de experimentar todas as emoções por uma razão.

A raiva pode nos motivar a corrigir uma injustiça se ainda houver uma oportunidade de consertar as coisas.

A tristeza pode nos levar à introspecção e a dar um novo significado a situações que foram fundamentalmente alteradas.

A inveja pode nos motivar a lutar por coisas que queremos alcançar.

Nas proporções certas — essa é uma frase-chave — todos os sentimentos são úteis.

O filme brasileiro "Ainda Estou Aqui" venceu o prêmio de melhor filme internacional no Oscar® 2025, neste domingo (2) em Los Angeles (EUA). Histórico, o momento marca a primeira vitória do Brasil no Oscar.

Dirigido por Walter Salles, "Ainda Estou Aqui" disputava o troféu com "A garota da agulha" (Dinamarca), "Emilia Pérez" (França), "A semente do fruto sagrado" (Alemanha) e "Flow" (Letônia). A categoria foi anunciada pela atriz Penélope Cruz.

"Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande no regime tão autoritário, decidiu nao se dobrar e resistir... Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro", disse Walter Salles durante seu discurso e agradecimento.

Ele também citou os nomes de Tom Bernard e de Michael Baker, executivos da Sony Pictures Classic, principal produtora internacional do filme.

A ideia de que a alimentação tem uma íntima relação com a nossa saúde mental vem se fortalecendo na última década.

Juliana Saldanha, nutricionista membro da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), diz que é preciso pensar a saúde mental como um conjunto de fatores genéticos e ambientais.

"As desordens psiquiátricas vêm crescendo no mundo e esses dois fatores estão envolvidos na gênese desses problemas. Nesse sentido, as intervenções em estilo de vida, como a preocupação com a alimentação, exercem um papel fundamental, não só para o tratamento, mas para a prevenção do aparecimento", avalia Saldanha.

A nutricionista destaca que a conexão dos hábitos alimentares com os problemas psiquiátricos está tão consolidada que, em 2013, foi fundada a ISNPR (International Society for Nutritional Psychiatry Research), uma sociedade focada em pesquisas sobre psiquiatria nutricional.

"A alimentação impacta diretamente na saúde mental e emocional, uma vez que os nutrientes influenciam o funcionamento do cérebro e o equilíbrio hormonal", afirma Jéssica Kozaka, nutricionista clínica e hospitalar do Laboratório IonNutri, especializada em Fisiologia e Bioquímica da Nutrição.

Fabio Salzano, médico psiquiatra e vice-coordenador do Ambulim-IPq HCFM-USP (Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), diz que o consumo de alimentos processados e ultraprocessados e o sedentarismo crescentes estão na raiz do problema.

"Há aumento da população com sobrepeso e obesidade e, em consequência, piora na morbidade e mortalidade. As alterações na ingestão de macro e micronutrientes, limitação na atividade física, tabagismo e excesso de consumo de álcool afetam a saúde física e mental, facilitando aumento de índices de depressão e ansiedade", diz o médico.

Alimentos ricos em gorduras trans e aditivos podem ainda afetar a função cerebral, prejudicando o estado emocional e mental e contribuindo para uma sensação de cansaço e falta de energia.

"Algumas pessoas com distúrbios de saúde mental podem apresentar uma sensibilidade ao glúten ou a laticínios, o que pode agravar sintomas como ansiedade, depressão ou inchaço. Nessas fases, pode ser interessante evitá-los temporariamente", recomenda Kozaka.

Para quem não consegue abandonar de vez esses alimentos, a dica é controlar as quantidades e suspender ou moderar o consumo pelo menos durante crises ou períodos mais delicados na saúde mental, retomando sempre de forma mais controlada.

"O consumo excessivo de cafeína pode piorar a ansiedade, dificultar o sono e aumentar a sensação de nervosismo. O açúcar refinado pode provocar picos de glicose e uma queda rápida, o que pode afetar o humor e aumentar a irritabilidade, algo que pode ser prejudicial durante momentos de instabilidade emocional", pondera a nutricionista.

Álcool, remédios, açúcares...
Kozaka lembra que o álcool pode, além de causar um efeito depressivo no sistema nervoso e piora de sintomas, interferir na ação de medicamentos para tratamento de depressão e ansiedade.

Saldanha reforça que alguns antidepressivos, como fluoxetina, sertralina e escitalopram, não devem ser consumidos junto com alimentos fermentados. "Vinho, alguns queijos embutidos e cervejas de fermentação mais longa podem prejudicar a ação do medicamento. Além disso, a maioria dos medicamentos também não devem ser consumidos com bebidas alcoólicas concomitante ao uso de antidepressivos ou medicamentos psiquiátricos à base de hormônios", afirma.

É um momento provavelmente conhecido: faz só 1 minuto e meio que você botou o celular no bolso, mas, sem perceber, o seu dedo está novamente rolando a tela em busca de likes ou de outras novidades da timeline. Mas não há nada interessante. Afinal, só se passaram 90 segundos.

Ou: em meio à monotonia da noite, um giro sem compromisso pelas ofertas na internet. Aparece um produto em promoção. No fundo, você sabe que ele vai ter quase nenhuma utilidade, mas a tentação de aproveitar os 15% de desconto é mais forte. E é tão bom receber o e-mail de confirmação da compra...

 Para a psiquiatra norte-americana Anna Lembke, instantes assim vêm permeando a vida moderna de um modo excessivo e contribuindo para uma constante sensação de insatisfação, em que picos de empolgação ficam cada vez mais raros.

Lembke é a chefe da clínica especializada em vícios na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e autora de Nação Dopamina: Por que o Excesso de Prazer Está Nos Deixando Infelizes e o que Podemos Fazer para Mudar (Editora Vestígio, 2022).

O livro se debruça sobre o funcionamento da dopamina, um neurotransmissor do cérebro cuja descoberta é relativamente recente — foi feita em 1957 pelo neurofarmacologista sueco Arvid Carlsson, pesquisa que lhe rendeu um Prêmio Nobel no ano de 2000.

Esse mensageiro químico do cérebro é conhecido erroneamente como "hormônio do prazer".

Por Nick Ilott

Muita gente se preocupa com a qualidade dos alimentos que consome, analisando se são nutritivos e saudáveis. Mas você já parou para pensar na velocidade com que esses alimentos percorrem seu intestino? Esse fator é muito importante, pois a rapidez com que os alimentos passam pelo trato digestivo pode afetar sua saúde de várias maneiras.

Assim que engolimos a comida, ela inicia sua jornada pelo trato gastrointestinal, um longo caminho que começa na boca e termina no ânus. Durante esse percurso, o alimento passa por órgãos especializados: o estômago, que tritura e digere; o intestino delgado, que absorve os nutrientes; e o intestino grosso, responsável por absorver água e sais minerais.

O movimento dos alimentos pelo sistema digestivo é chamado de motilidade intestinal. Esse processo é parcialmente controlado pelas trilhões de bactérias presentes no intestino. O microbioma intestinal desempenha um papel fundamental, ajudando a desenvolver o sistema imunológico e a processar os alimentos.

Quando comemos, não estamos apenas nos alimentando – também estamos nutrindo esses microrganismos que vivem no intestino. Em troca, eles produzem pequenas moléculas chamadas metabólitos, que fortalecem a imunidade e ajudam o intestino a funcionar melhor, estimulando os nervos intestinais a contraírem e empurrarem o alimento adiante.

“Ainda Estou Aqui”, primeiro filme original Globoplay, já ganhou 38 prêmios, desde que começou a percorrer o circuito de festivais no ano passado.

O longa dirigido por Walter Salles levou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza, garantiu o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama para Fernanda Torres e ainda recebeu três indicações ao Oscar (Filme Internacional; Melhor Atriz; e Melhor Filme).

Veja abaixo a lista:

Não basta as penas coloridas e os movimentos corporais, machos de aves-do-paraíso possuem uma outra tática para atrair fêmeas: eles são biofluorescentes. É o que aponta uma pesquisa recente da revista "Royal Society Open Science".

Entenda: A biofluorescência ocorre quando um organismo absorve ondas de luz em comprimentos altos (invisíveis para o olho humano), como a radiação ultravioleta (UV), e os irradiam em comprimentos de onda de menor energia, como verde, vermelho e amarelo.

Em espécies de peixes, anfíbios, fungos e até de mamíferos já foi observada a presença desse fenômeno. Os cientistas acreditam que essa capacidade pode ter diferentes funções na natureza, como comunicação, camuflagem ou até atração de parceiros.

Ao todo, o estudo detectou biofluorescência em 37 das 45 espécies de aves-do-paraíso, em tonalidades de verde e amarelo.

A bússola aponta para o norte – isso é fato. Mas onde exatamente fica o Polo Norte magnético é algo que há muito não se sabe mais ao certo. A cada ano, ele se move vários quilômetros, o que tem sérias implicações para a navegação global. Mesmo os menores desvios podem deslocar as coordenadas da destinação em centenas de quilômetros.

Como se forma o Polo Norte magnético?
O campo magnético da Terra tem origem nas profundezas do planeta, onde enormes correntes de ferro fundido se movem entre o núcleo e o manto terrestres. Elas são mantidas em constante movimento graças à rotação da Terra. Esse movimento produz correntes elétricas, criando um campo magnético com dois polos: o norte e o sul.

Entretanto, como esse processo no interior do planeta está em constante movimento, o campo magnético também muda. Quando essas correntes mudam ou diminuem, por exemplo, devido a um deslocamento de placas tectônicas, o polo norte magnético também se move.

O Modelo Magnético Mundial (WMM, na sigla em inglês), atualizado a cada cinco anos pela agência meteorológica NOAA, dos Estados Unidos, e pelo Serviço Geológico Britânico (BGS), é crucial para a navegação precisa de toda a aviação militar e civil, assim como para a orientação de navios, submarinos e dispositivos GPS mundo afora.

O que é memória, e quanta memória nós temos? Quando esquecemos algo, é porque uma nova memória "substituiu" uma memória existente ou estabelecida?

O personagem de animação Homer Simpson, da série de televisão americana Os Simpsons, certamente acreditava nisso.

"Toda vez que aprendo algo novo, isso empurra algumas coisas antigas para fora do meu cérebro", ele diz à sua esposa, Marge, em um episódio particularmente memorável. "Lembra quando fiz aquele curso de fabricação de vinho caseiro, e esqueci como dirigir?"

Mas os instintos de Homer não estão tão distantes da realidade quanto poderíamos imaginar. Existe um fenômeno conhecido como "esquecimento catastrófico", no qual o processo de consolidação de novas informações interfere ou "apaga" a memória existente.

Algo semelhante pode ser observado nas redes neurais digitais que alimentam a inteligência artificial (IA), que são modeladas com base no cérebro humano, mas que muitas vezes têm dificuldade de incorporar novos conjuntos de dados ao aprendizado existente.

Normalmente, nossos cérebros são melhores nisso, mas não entendemos bem por quê.

Pesquisadores da Universidade Cornell, nos EUA, acreditam ter feito um grande avanço na compreensão de como nosso cérebro gera memórias — e afirmam que suas descobertas vão poder ser usadas um dia não apenas para aprimorar a inteligência artificial, mas também para combater doenças degenerativas do cérebro, como o Alzheimer.

Tudo isso se resume ao que eles conseguiram ver pelos olhos de camundongos adormecidos.

Daqui a aproximadamente sete anos, em 22 de dezembro de 2032, um asteroide recém-descoberto poderá se aproximar da Terra e, caso sua trajetória se mantenha, ele pode colidir com o nosso planeta.

Porém, não há razão para pânico, pelo menos por enquanto. O asteroide, que tem entre 40 e 100 metros de diâmetro, tem apenas 1,2% de chance de atingir a Terra, segundo anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), que está monitorando o objeto de perto.

Ou seja, a probabilidade de um impacto é bem baixa. No entanto, isso não significa que o risco foi descartado.

 Chamado de 2024 YR4, a ESA está acompanhando sua trajetória desde a sua descoberta, em 27 de dezembro de 2024, por meio do telescópio ATLAS, localizado no Chile.

Logo após ser identificado, os sistemas automáticos de alerta calcularam a chance de colisão, que inicialmente parecia muito pequena.

Até o momento, porém, a agência afirma que ainda não é possível prever com certeza onde o impacto poderia ocorrer, caso ele aconteça.

 Isso acontece porque a órbita do asteroide é bastante alongada, o que dificulta determinar com precisão sua trajetória, já que ele está se afastando da Terra em linha reta, sem curvar de maneira visível.

Apesar disso, desde janeiro a agência vem realizando observações prioritárias do astro com telescópios ao redor do mundo para entender melhor o tamanho do asteroide e a trajetória que ele seguirá nos próximos anos.

Nos próximos meses, o monitoramento vai continuar com telescópios mais potentes, incluindo o Very Large Telescope (VLT), observatório localizado na montanha Cerro Parana, no Chile

Mesmo assim se, até 2028, o risco de impacto não for completamente descartado, o asteroide provavelmente continuará na lista de riscos da ESA.

A agência afirma ainda se o risco permanecer acima de 1% nos próximos anos, dois grupos internacionais, o IAWN (Rede Internacional de Alerta de Asteroides) e o SMPAG (Grupo Consultivo de Planejamento de Missões Espaciais), poderão começar a coordenar ações de resposta, como desenvolver estratégias para mitigar os possíveis efeitos de um impacto ou até planejar missões para desviar o asteroide.

"A ideia não é assustar, mas chamar atenção ao objeto para observadores", explica o especialista.
Bernardinelli, que foi um dos responsáveis por descobrir o cometa de maior núcleo já avistado pela ciência, disse ao g1 que essa classificação não deve ser interpretada como algo alarmista;

Marianne Faithfull, cantora e atriz inglesa, morreu aos 78 anos, anunciou seu porta-voz nesta quinta-feira (30).

Faithfull era conhecida por sucessos "As Tears Go By", composta por Mick Jagger e Keith Richards, dos Rolling Stones, que regravaram a música depois dela. Outros singles foram bem nas paradas britânicas e americanas, com destaque para "Come and Stay with Me", "Summer Nights" e "This Little Bird".

Ela também foi protagonista de filmes como "A Garota da Motocicleta", de 1968. Nos anos 2000, fez parte do elenco de "Maria Antonieta" e "Irina Palm". No teatro, atuou em peças como "Three Sisters", "Hamlet" e "The Seven Deadly Sins", em 2012.

Na vida pessoal, ficou conhecida por ter namorado Jagger nos anos 60. "You Can't Always Get What You Want" e "Wild Horses" são duas das canções com letras inspiradas nela.

Ter uma alimentação com mais fibras pode ajudar no crescimento de bactérias boas no intestino e na eliminação das ruins, reduzindo significativamente o risco de doenças. A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.

O intestino humano tem várias bactérias, como as chamadas Enterobacteriaceae, incluindo Klebsiella pneumoniae, Shigella, E. coli e outras. Em níveis baixos, elas fazem parte de um microbioma intestinal saudável, mas em altos, causados, por exemplo, pelo aumento da inflamação no corpo ou pela ingestão de alimentos contaminados, podem provocar doenças.

Pesquisadores descobriram que a "assinatura" do microbioma de uma pessoa pode prever se o intestino dela tem probabilidade de ser colonizado por Enterobacteriaceae. Os cientistas identificaram 135 espécies de micróbios intestinais que são comumente encontradas na ausência de Enterobacteriaceae, provavelmente protegendo contra infecções.

Entre as espécies protetoras do intestino está o grupo de bactérias Faecalibacterium, que produz compostos benéficos chamados ácidos graxos de cadeia curta ao quebrar fibras nos alimentos que comemos. Isso parece proteger contra infecções por uma série de bactérias Enterobacteriaceae causadoras de doenças.

Os cientistas acreditam que colocar mais fibras na dieta pode apoiar o crescimento de bactérias boas e elimina as ruins, reduzindo significativamente o risco de doenças. Em contrapartida, tomar probióticos - que não alteram diretamente o ambiente no intestino - tem menos probabilidade de afetar a chance de infecção por Enterobacteriaceae.