O nome é estranho, mas o perigo é real: doença veio da África e os seus sintomas são bastante semelhantes aos da dengue

chig

A Secretaria de Saúde de Ribeirão alertou sobre o risco de epidemia do chikungunya, um vírus parecido com o da dengue, também transmitido pelo Aedes Aegypti. A doença é importada da África, já chegou ao país e pode ter o número de casos alastrado em médio prazo, entre dois a três anos. O secretário da saúde Stênio Miranda, diz que Ribeirão ainda não teve nenhum paciente com chikungunya.

“Os sintomas são muito parecidos com a dengue, mas o chikungunya tem uma taxa de letalidade menor”, explica.

Entre esses 20 casos registrados no país, todos foram importados. Quinze deles foram registrados em São Paulo.

A diretora da vigilância Epidemiológica, Maria Luiza Santa Maria, diz que o Ministério da Saúde já começou a divulgar orientações sobre como identificar e atender esses pacientes. “O médico tem que leva em conta a situação clínica desse paciente. Se ele esteve em algum dos países que registraram epidemia”, explica Maria Luiza.

O aedes Aegypti tem condições de espalhar o vírus e seu ciclo de transmissão é mais rápido do que o da dengue, em no máximo sete dias, a contar do momento em que foi infectado, o mosquito já começa a transmitir. O risco é que nossa população não possui anticorpos contra ele.

Além da prevenção contra a dengue, a secretaria de Saúde alertou que manter as residências livres de criadouros com água parada e limpa também é fundamental para evitar o chikungunyia.

Com o índice de Breteau (que mede os focos de dengue encontrados em casas) de 2,55 e o índice predial em 2,08, a situação é considerada confortável para o secretário Stênio Miranda.

“Podemos sim ter uma nova epidemia da doença no próximo ano”, ressaltou o secretário. Ribeirão registrou 361 casos de dengue esse ano.

População não toma medidas de precaução

A chefe da Divisão de Controle de Vetores, Maria Lúcia Biagini diz que a população sabe o que deve fazer para evitar os criadouros de dengue, mas ainda não age de acordo com o que sabe. “O que os levantamentos nos mostram é que as pessoas se infectam dentro da própria casa, onde estão os criadouros”, diz. De acordo com ela, os criadouros não mudam ao longo dos anos, porque o comportamento da população ainda fica aquém do esperado.

Jornal A Cidade