Lentamente os preços do tomate começam a ceder no mercado interno, e o quilo do produto que chegou a ser cotado acima dos R$ 7,80 na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) de São Paulo em março, recuou para R$ 4,42 na segunda semana de abril, pressionado tanto pela redução do consumo como pela melhoria das condições climáticas nas principais regiões produtoras do país. Mas os efeitos da forte alta registrada nos importantes centros consumidores do Brasil, no entanto, ainda persistem. 

O mais recente deles foi uma matéria publicada no jornal britânico Financial Times nesta segunda-feira (15/4) que aponta a hortaliça como um “adversário formidável” para reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. Isso porque em um momento de alta dos preços dos alimentos a elevada cotação do tomate é sintoma do aumento da inflação brasileira. “Dilma deve muito de seu índice de popularidade de 78% à baixa taxa de desemprego, mas os choques de inflação irão prejudicar o sentido de bem-estar dos eleitores antes das eleições”, diz a reportagem. 

Do ponto de vista do produtor, a descapitalização do setor em função dos baixos preços no ano passado, provocou uma redução de área de 17,5% nas principais regiões de produção. Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para uma produção de 3,8 milhões de toneladas para este ano.

Fonte Revista Globo Rural