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Seis mil sacos de 5 kg cada foram destinados a estudantes de escolas públicas. O restante foi distribuído para funcionários das unidades, professores e entidades assistenciais.

Apesar de o CMN (Conselho Monetário Nacional) ter aprovado, na semana passada, o preço mínimo de R$ 10,10 por caixa de laranja, produtores fizeram mais uma manifestação nesta semana reivindicando políticas públicas para o setor da citricultura, que vive uma crise.

A aprovação do preço mínimo de R$ 10,10 por caixa de laranja, feita pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), amenizará a crise do setor, mas, de acordo com produtores, não resolverá os problemas enfrentados no campo. A medida, anunciada na quinta-feira,2, integra uma série de ações anunciadas para socorrer o setor da citricultura.

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CMN também autoriza renegociação de dívidas e a contratação de linha de manutenção de pomares e de Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta-feira, 2 de agosto,  preço mínimo de R$ 10,10 por caixa de laranja.  Com isso, o Ministério da Agricultura deverá iniciar brevemente leilões de PEP – Prêmio de Escoamento de Produto e de PEPRO – Prêmio Equalizador Pago ao Produtor, visando contribuir para o crescimento do mercado interno de laranja e suco de laranja.

A secretária de Agricultura do Estado, Mônika Bergamaschi, disse à Folha nesta segunda-feira (30) que o governo estuda ampliar o fornecimento de suco de laranja em escolas como medida para amenizar os prejuízos causados pela crise na citricultura. A ampliação atingiria unidades de 27 cidades que possuem gestão centralizada da merenda e têm cerca de 1,5 milhão de alunos. Atualmente, são consumidos 400 mil litros de suco pronto, bimestralmente, nessas escolas.

Desde 2008, quando começou a crise financeira mundial, 41 usinas de açúcar e álcool já deixaram de moer cana no Brasil. Somente em 2011 e 2012 foram 30 unidades paralisadas --16 no ano passado e mais 14 até junho.

Segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), que apresentou os números em evento na sexta-feira (20), em Sertãozinho, há ainda um grupo de 37 usinas que estão com pedido de recuperação judicial devido a dificuldades financeiras. Nove já faliram.

 

Terminou nesta quarta-feira, depois de 22 dias, a greve de trabalhadores da usina São Francisco, em Sertãozinho. Empresa e empregados chegaram a um acordo um dia depois de audiência realizada no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, em Campinas, que terminou sem consenso.

A paralisação atingiu motoristas, tratoristas e operadores de máquina da usina. José Carlos Rullo, presidente do sindicato que representa a categoria, afirmou que foram acertados três reajustes salariais para diferentes ocupações.

O governo do Estado de São Paulo não descarta a possibilidade de adquirir suco de laranja para distribuir na merenda escolar. A medida seria tomada para auxiliar o setor, que está em crise.

A hipótese da compra foi levantada por Marco Antonio dos Santos, presidente da câmara setorial de citricultura do Ministério da Agricultura, que vem intermediando encontros entre produtores e indústrias.

Citricultores calculam que 3 milhões de caixas já foram estragadas

Está sobrando laranja no mercado e só no estado de São Paulo a falta de compradores tem levado prejuízo a sete mil citricultores, alguns da região de Itápolis. Nas lavouras, o pomar carregado com a fruta em ponto de colheita deveria ser motivo de comemoração para o produtor rural, mas a maior parte dela termina no chão e podre.