Cerca de 46,4 mil moradores de Jaboticabal (SP) estão sem água há três dias, após os equipamentos da estação de captação serem danificados por uma enchente. Segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saaej), o motor e a bomba d’água estão sendo substituídos, mas o abastecimento só deve ser normalizado na tarde de terça-feira (19).


O analista de saneamento do Saaej, Aparecido Hojaij, explicou que o temporal que atingiu a cidade na madrugada de sexta-feira (15) fez o córrego Rico transbordar. A água inundou a casa de máquinas onde ficam as bombas de captação, que ficaram submersas.

Em nota, a assessoria da Prefeitura de Jaboticabal informou que a estação agroclimatológica da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp registrou 350,4 milímetros de chuva na cidade apenas nos primeiros 14 dias do ano.

“Nós perdemos a casa de máquina, a bomba ficou submersa, o painel foi danificado. A gente só conseguiu operar o sistema com a bomba de menor vazão, que é utilizada para manter reservatório e não consegue suprir toda a cidade”, disse.

Ainda de acordo com analista, o Saaej contava com equipamentos reservas para substituição dos que foram danificados, então não foi preciso realizar compra emergencial. Entretanto, o serviço não pôde ser executado no final de semana devido ao risco de uma nova enchente.

Os técnicos devem concluir o trabalho de instalação na tarde desta segunda-feira (18), mas o abastecimento dos moradores deve ser normalizado somente na terça, porque a água captada será destinada primeiramente aos reservatórios, que ficaram vazios após o problema.

Jaboticabal possui um reservatório com capacidade para 6 milhões de litros de água, outros três com capacidade para 1 milhão de litros cada, além de um quinto capaz de armazenar 500 mil litros.

“Os nossos reservatórios estão todos desabastecidos em função do tempo de parada que teve, em função de trabalhar com a bomba de menor vazão. Os reservatórios ficaram com o nível praticamente zerado. Além disso, não posso liberar a água de uma vez porque corre o risco romper uma adutora, devido ao tempo sem água”, afirmou Hojaij.

Do G1