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O ator americano George Clooney, 57, e sua mulher, Amal, 40, anunciaram, nesta quarta-feira (20), a doação de US$ 100 mil (R$ 378 mil) a uma associação que tem atuado em prol das crianças que foram separadas de seus pais ao tentarem entrar ilegalmente nos Estados Unidos.

"Em algum momento, nossos filhos vão perguntar: 'É verdade que nosso país tirou bebês de seus pais e os colocou em centros de detenção?' E quando respondermos sim, eles vão perguntar o que fizemos, dissemos e como nos posicionamos. Não podemos mudar essa administração, mas podemos ajudar as vítimas dela", afirma nota divulgada pelo ator.

Segundo nota assinada também por Amal e pela fundação mantida pelo casal, o valor vai ajudar o Young Center for Immigrant Children's Rights (Centro Jovem pelo Direito das Crianças Imigrantes), que "tem agido na linha de frente contra a atual crise de separação familiar que ocorre na fronteira dos Estados Unidos".

O governo americano separou pelo menos 2.000 filhos de imigrantes ilegais que tentavam cruzar a fronteira entre Estados Unidos e México desde o mês de abril. Segundo a gestão Donald Trump, a medida foi necessária para que os pais pudessem ser processados criminalmente, mas acabou provocando uma série de críticas.

Por conta da controvérsia gerada pela nova política, o presidente americano assinou nesta quarta uma ordem executiva, uma espécie de decreto presidencial, para manter as famílias de imigrantes unidas. O documento determina que elas fiquem em um mesmo centro de detenção, o que pode gerar contestação legal sobre a decisão.

O presidente americano disse que a separação de pais e crianças foi efeito colateral indesejado da política de tolerância zero contra a entrada de imigrantes ilegais nos EUA. Ele reiterou, no entanto, que será mantida a orientação de processar criminalmente os ilegais.

A política adotada antes da nova política de imigração previa que adultos viajando com crianças fossem enviados para tribunais de imigração. A lei proíbe deter crianças com seus pais, porque os menores não são acusados de crime, ao contrário do que acontece com os adultos.

Com a mudança, no entanto, as crianças separadas dos pais estavam até agora sendo tratadas como menores desacompanhados sob cuidados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos. Eles então estavam sendo enviados para instalações do governo, colocados em abrigos temporários ou deixados sob tutela de adultos no país. (Folhapress)