furnas

O lago de Furnas está com apenas 33% de sua capacidade total de armazenamento de água. E essa baixa, tem preocupado pescadores e comerciantes que buscam seus sustento no chamado "Mar de Minas".

Há trinta anos com um restaurante à beira do Lago de Furnas, o comerciante Severino Martini, ainda tem esperanças que a água voltará às margens do seu estabelecimento. “É a terceira vez que baixou e dessa vez parece que foi embora para sempre”, lamenta.

No mesmo período de 2016, o Lago de Furnas tinha quase 74% do volume útil para geração de energia elétrica. No ano passado, esse índice caiu para cerca de 37% e agora em 2018, está em 32,55%. Esse valor está 11 metros abaixo da capacidade total de armazenamento.

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), desde maio a hidrelétrica de Furnas tem gerado menos energia e por isso, utilizado menos água do reservatório. O secretário executivo da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), Fausto Costa, diz que a região recebeu energia de outras unidades. “Houve um alívio para a região do Lago de Furnas, em especial, pela energia que vem de Belo Monte. Isso ajudou muito para que o lago ficasse nesse nível que está hoje”, explica.

De maio para junho, a baixa no reservatório foi de 1%. Mas não há garantias que a geração de energia permaneça assim até o fim da estiagem. “Nessa época ele, estando com esse nível, a tendência é que piore ainda mais para os próximos meses, o que é muito preocupante para nós na região”, acrescenta Fausto. (G1)