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O universitário Jordi Fores, de 27 anos, foi morto na segunda-feira (4). (Foto: Reprodução/TV Globo)

Estudantes do Senac de Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, passaram a andar em grupo na saída das aulas depois que o estudante Jordi Fores foi assassinado nos arredores da instituição na noite de segunda-feira (4). 

 

 

Segundo o estudante Cleo Martins, um aluno espera pelo outro na hora de ir embora. “A gente espera todo mundo sair da sala, reúne e vai todo mundo junto”, diz. Eles andam em direção à Estação Jurubatuba da CPTM ou então à Avenida das Nações Unidas, onde pegam ônibus.

“A gente é assustado todos os dias, não muda nada. Todo dia a gente tem que sair correndo por conta disso”, afirma a também estudante Lilian Alves.
Os alunos fizeram um abaixo-assinado e enviaram à diretoria do Senac pedindo a implantação de alguma ação para melhorar o deslocamento dos alunos nos arredores da instituição.

Câmera
Uma câmera de segurança gravou imagens do suspeito de atirar no estudante Jordi Fores. O aluno de 27 anos morreu após ser baleado no rosto. A polícia registrou o caso como homicídio, mas não descarta latrocínio.

O vídeo mostra um homem com uma mochila nas costas. Ele atravessa a rua em direção ao carro que estava estacionando com farol aceso. Logo depois do suspeito se aproximar, o farol do veículo se apaga e o homem com a mochila foge na sequência, passando por duas pessoas que estavam atravessando a rua. A polícia investiga se os demais homens têm relação com o crime.

A polícia registrou o caso como homicídio, mas não descarta a possibilidade de que o criminoso quisesse roubar o carro da vítima. Segundo investigações, o assassino teria mandado o jovem desligar o carro antes de atirar e os motoristas dizem que a vítima foi baleada depois que tentou agarrar a arma do ladrão.
A polícia chegou a essa conclusão, pois as mãos da vítima estavam queimadas, provavelmente pela pólvora da arma. Um dos fatos que chamam a atenção é que nem a carteira e nem o celular do jovem foram levados. O caso será investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).


Caso
Jordi Fores tinha 27 anos e era estudante de design gráfico. Ele chegava para a aula, por volta das 18h30, na esquina das ruas Adão Norberto de Andrade e Professor Campos de Oliveira, quando um homem armado se aproximou, deu três tiros e fugiu.

O corpo do estudante foi enterrado na tarde desta terça-feira (5) no Cemitério de Congonhas, também na Zona Sul.