Já pensou poder ver em um mapa na tela do celular se você está perto de uma pessoa diagnosticada com Covid-19? É assim que vai funcionar o Global Health Monitor, o novo aplicativo desenvolvido pelo Instituto Butantan. A novidade tecnológica começa a ser testada na próxima semana.

Quando a pessoa baixar a ferramenta, vai passar a receber alertas para se proteger e prestar atenção aos sintomas. Todos os cadastrados serão acompanhados por agentes de saúde e terão o anonimato garantido.

“É uma forma realmente muito interessante da população entender como a doença está se desenvolvendo dentro da cidade. A participação da população é essencial para que isso aconteça”, disse Cláudia Ananina, gestora de Tecnologia da Informação do Butantan à CNN.

O recurso é conhecido como contact tracing, ou rastreamento de contato, e já é utilizado para gerenciar a pandemia em vários países, principalmente na Ásia e no norte da Europa.

A expectativa é que a ferramenta seja lançada no Brasil até o fim da primeira semana de março. Araraquara, no interior do estado de São Paulo, será a primeira cidade a testar o aplicativo. O município tem 100% dos leitos de UTI e enfermaria ocupados.

Outra ferramenta que será utilizada na cidade de Araraquara é a plataforma Tainá. Ela também é oferecida pelo Instituto Butantan e agiliza a análise de dados. Todos os resultados de exames do tipo PCR serão lançados de uma única vez e assim vai ser possível acompanhar melhor a evolução da doença.

“A plataforma vai tentar unir tudo isso para que a gente analise bem mais rápido o que está acontecendo, a dinâmica das contaminações e os locais. Para gestão isso é fundamental”, afirmou Fabiana Araújo, coordenadora de ações de combate à Covid-19 em Araraquara.

A ideia é que em breve essa ferramenta possa ser utilizada também em outras cidades, mas é unânime que ela seja associada a outras medidas para ser eficaz.

“O que combate de fato a pandemia é o isolamento, uso de máscara e agora a vacina. O aplicativo vem somar tudo isso, mas de fato ele vai atuar em cima de pessoas sintomáticas e a também pessoas que fizeram exame PCR”, explicou Cláudia Ananina.

CNN