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Os amantes das estrelas foram contemplados com um verdadeiro show de bolas de fogo nesta semana, quando a Terra entrou na rota de um cinturão de fragmentos de cometa denominado Perseidas.

O nome do fenômeno foi dado por causa da constelação de Perseu, de onde parecem se disseminar, e são vistas há cerca de 2.000 anos, sendo que as primeiras observações foram registradas na China.

Quando um cometa se aproxima de regiões interiores do Sistema Solar, seu núcleo, formado por gelo e rochas, se sublima devido à ação da radiação solar e gera as características caudas de pó e gás, e a corrente de partículas resultante se dispersa pela órbita do cometa e é atravessada todos os ano pela Terra em seu percurso ao redor do Sol.

A chuva de meteoros anual, apelidada de "lágrimas de São Lourenço" em homenagem a um santo cristão martirizado, alcançou seu ápice nas primeiras horas de segunda e terça-feira com uma enxurrada de 60 a 100 estrelas por hora.

Elas ficaram visíveis em grande parte do globo, mas foram apreciadas com maior clareza no hemisfério norte, graças a uma Lua Crescente que se escondeu cedo, deixando o céu como uma tela escura para dar mais destaque ao espetáculo de fogos de artifício celestiais.

Segundo a Agência Espacial Europeia, as Perseidas são fragmentos rochosos do tamanho de um grão de areia ou uma ervilha, ejetados do cometa Swift-Tuttle, que está se desintegrando lentamente em sua órbita em torno do Sol.

Com o passar dos séculos, seus restos se espalharam ao longo da órbita do cometa para formar um jato de partículas com centenas de milhões de quilômetros de extensão.

A trajetória terrestre em torno do Sol cruza com este jato luminoso todos os anos em meados de agosto. (Reuters)