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Ribeirão Preto, Sertãozinho, Barretos, Batatais, Jaboticabal e Taquaritinga receberão apoio do Exército neste sábado (13) em uma força-tarefa organizada pelos ministérios da Saúde e da Defesa para combater o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya.

Segundo o tenente coronel Anibal Silva Batista, os militares distribuirão panfletos e darão orientações à população sobre como evitar e acabar com criadouros.

De acordo com o único balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, Ribeirão Preto registrou 927 casos de dengue na primeira quinzena deste ano. Outras 800 suspeitas de zika vírus são investigadas, das quais 140 são mulheres grávidas.

Em Sertãozinho, a Secretaria de Saúde confirmou 122 casos de dengue em janeiro, o que levou a prefeitura a decretar estado de emergência. Batatais soma 98 casos da doença, seguida de Barretos (31), Taquaritinga (8) e Jaboticabal (5).

Força-tarefa contra o Aedes aegypti
Nesta quinta-feira (11), o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, informou que neste primeiro momento será feita apenas a conscientização para orientar as pessoas e para explicar como será feita a aplicação de inseticidas, próxima fase do trabalho que deverá ocorrer nas cidades da região entre os dias 15 e 18 de fevereiro.

“Que as famílias possam reunidas ler todas as orientações que são do Ministério da Saúde. Nós achamos que as famílias têm um papel decisivo ao levar com seriedade o seu trabalho e a sua tarefa nessa campanha de defesa da saúde pública”, disse Rebelo.
De acordo com o tenente coronel em Ribeirão Preto, o trabalho que começa neste sábado foi desenvolvido em quatro etapas – treinamento das tropas, orientação da população, aplicação de inseticidas em criadouros e conscientização nas escolas.

“Fica difícil se a população não colaborar. Sempre que é acionado, o Exército colabora com a população, mas ela também que colaborar com a gente. Faremos nosso trabalho de motivação, prevenção. Iremos trabalhar em campo, mas eu também solicito à população que mantenha seus quintais limpos e a cercania de suas casas limpas para que a gente possa combater o Aedes aegypti que vem trazendo tanto mal a população”, afirmou Batista.

Vacina
No início da tarde, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou uma parceria firmada entre o Instituto Evandro Chagas, sediado em Belém, e a Universidade do Texas, nos Estados Unidos, para desenvolver uma vacina contra o vírus da zika.
Segundo ele, a experiência das instituições pode encurtar o prazo de formulação do produto em laboratório para um ano. Depois, a vacina deve ser testada em animais e humanos por mais dois anos, antes de o imunizante ser aplicado em grande escala.

Terceira morte
Mais cedo nesta quinta, o Ministério da Saúde confirmou a terceira morte relacionada ao vírus da zika. A paciente era uma jovem de 20 anos, do município de Serrinha, no Rio Grande do Norte. Ela ficou internada em Natal durante 11 dias com problemas respiratórios. A morte foi em abril do ano passado, mas o resultado dos exames saiu apenas agora.

Pesquisadores anunciaram na quarta-feira (10) a descoberta de novas evidências que reforçam a associação entre o vírus da zika e casos de má-formação cerebral, citando a presença do vírus no cérebro de um feto abortado de uma mulher europeia que ficou grávida enquanto morava no Brasil.

Anteriormente, o vírus já tinha sido encontrado nas placentas de mulheres que tiveram abortos espontâneos e nos cérebros de dois recém-nascidos que morreram e que tinham microcefalia.