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A vaia recebida no Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha), no último sábado, na abertura da Copa das Confederações, não afastará a presidente Dilma Rousseff da final da Copa das Confederações, no Maracanã, no dia 30 de junho. A assessoria do Palácio do Planalto confirmou ontem que ela estará no Rio para acompanhar a decisão.

Aliados e integrantes do governo avaliam que Dilma não deveria aceitar eventual convite para discurso ou até mesmo pedir para não aparecer no telão do Maracanã para evitar novas vaias na final da Copa das Confederações.

A manifestação do público no sábado, antes do jogo entre Brasil e Japão, foi avaliada por petistas e assessores como um ato desvinculado de motivações políticas. "É um jeito moleque do torcedor brasileiro. Qualquer político que fosse ao estádio e anunciassem o nome seria recebido da mesma forma", resumiu o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE).

A previsão já era de a presidente comparecer a apenas dois jogos da Copa das Confederações, a abertura e a final. Ela não deverá estar presente nesta semana nas partidas do Brasil em Fortaleza, na quarta-feira, e em Salvador, no sábado, nem nas semifinais. Dilma fará, inclusive, uma viagem ao Japão na próxima semana e chegará de volta ao País já no dia da decisão da competição no Maracanã.

A vaia em Brasília deverá apenas fazer com que o governo brasileiro aumente a preocupação com o protocolo. Aliados da presidente defendem que seja evitado nova situação que a exponha a manifestações negativas. "Estádio não é ambiente para discurso, é um público arredio a político e acostumado a vaiar porque já faz isso com os times", observou o deputado Vicente Cândido (PT-SP), que também é dirigente da Federação Paulista de Futebol (FPF).

A intenção dos aliados é solicitar à Fifa que a presença da presidente seja tratada de forma discreta. Além de evitar o microfone, anúncios da presença e imagens dela no telão não deveriam ser mostradas, na visão de pessoas próximas a Dilma. O líder do PT na Câmara, porém, acredita não ser necessária tanto preocupação. "Não devemos perder o sono, foi algo contra a política em geral, não contra ela", avaliou José Guimarães.

Do Estadão