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Não foi bom para ninguém. Em um jogo equilibrado, com poucas chances de gol e muita disputa, Flamengo e Fluminense ficaram no 1 a 1, neste domingo, no Maracanã. O empate mostrou que o rubro-negro não tem categoria para se aproximar do G-4 e que o tricolor parece sem fôlego para se manter entre os primeiros colocados.

 A tabela acusava seis pontos de diferença a favor do Fluminense, mas parecia que quem estava na frente era o Flamengo. E não só pela presença de sua torcida no Maracanã — mais do que o dobro de tricolores — mas, principalmente pela disposição com que o time do técnico Vanderlei Luxemburgo começou o clássico.

Muito mais ligado desde o início, o Flamengo quase abriu o marcador logo aos dois minutos, numa boa jogada que Everton concluiu para ótima defesa de Diego Cavalieri.

Apesar de ter jogadores mais técnicos, o Fluminense não conseguia fugir da marcação do Flamengo, que mais uma vez se mostrou uma equipe bem organizada em campo.

A tarefa rubro-negra era facilitada pela lentidão com que o Fluminense partia para o ataque quando recuperava a bola. Restava ao time de Cristóvão Borges apelar para os cruzamentos antes mesmo de se aproximar da área adversária.

O gol do Flamengo foi um retrato do primeiro tempo. Aos 26 minutos, Eduardo da Silva ganhou duas divididas, — a segunda quando estava caído e ainda sim superou Elivélton — e tocou na saída de Diego Cavalieri. Logo depois, o brasileiro naturalizado croata, com dores na coxa, foi substituído pelo argentino Lucas Mugni.

Preso entre os zagueiros, Fred praticamente não tocava na bola. Conca, muito abaixo do que pode produzir, pouco ajudava e nem o sempre eficiente Cícero fazia boa partida. De tanto insistir nas bolas levantadas na área , o Fluminense acabou chegando ao empate justamente desta maneira. Aos 44, Conca cruzou e Fred, livre, cabeceou sem chances para o goleiro Paulo Victor. Foi o quarto gol do artilheiro em dez Fla-Flus disputados. O detalhe é que antes de receber a bola de Conca, Fred deu um empurrão acintoso em Chicão, mas como a bola ainda não estava em jogo, o árbitro nada marcou.

Valencia, que recebeu cartão amarelo no primeiro tempo, não voltou para a etapa final — Rafinha entrou em seu lugar. E o Fluminense melhorou. Logo aos cinco minutos, Fred recebeu na área e chutou cruzado para grande defesa de Paulo Victor.

 

Mais impetuoso, o tricolor deu a impressão de que dominaria a segunda etapa, sensação reforçada pelo bom chute de Carlinhos, aos 10, que Paulo Victor espalmou para escanteio.

Foi só impressão mesmo. Conca, que já recebera cartão amarelo no primeiro tempo — não enfrenta o Grêmio, quarta-feira, no Maracanã — era bem marcado por Cáceres e acabou se enervando. Poderia ter sido expulso aos 12 minutos, ao atingir o peito de Everton com um chute, mas o árbitro deixou correr. Cícero continuava apagado e, com isso, o ataque tricolor não ameaçava.

Os treinadores bem que tentaram mudar o panorama da partida. Luxemburgo trocou Alecsandro por Élton e Luiz Antônia por Gabriel. Já Cristóvão tirou Wagner, que nada fez, e pôs Gustavo Scarpa.

O jogo, porém, seguiu equilibrado até a parte final, quando o Flamengo foi para cima em busca da vitória. Ela poderia ter vindo aos 46, quando Diego Cavalieri salvou gol certo de Everton. Ficou mais justo assim. (O Globo)