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Michael Schumacher sofreu um acidente na manhã deste domingo (29) enquanto esquiava na estação de Méribel, em Saboia, nos Alpes Franceses. De acordo com o site francês ‘Europe1’, o heptacampeão da F1 foi levado ao hospital por conta de lesões na cabeça.

Schumacher foi removido de helicóptero do local do acidente e levado para um hospital na cidade de Moûtiers. Depois, foi transferido para o centro de traumatologia de Grénoble, especializado em acidentes de esqui, onde está sendo tratado pelo neurocirurgião Gérard Saillant e por seu médico pessoal. A extensão das lesões ainda não é conhecida.

“Não sei a severidade da lesão”, disse o médico da estação de esqui em entrevista à rádio francesa RMC. “No momento, a polícia está conduzindo suas investigações para determinar as causas da queda”, continuou.

“Nós ainda não sabemos se aconteceu na pista ou fora dela”, explicou o médico.

Christophe Gernignon-Lecomte, diretor do resort Méribel, disse à rádio Monte Carlo Sport que Schumacher estava consciente quando foi levado ao hospital.

“Ele estava assustado, um pouco abalado, mas consciente”, explicou. “Pode ter uma lesão na cabeça, mas não é muito séria”, avaliou.

“Ele estava usando capacete e bateu contra uma pedra”, completou.

Em nota enviada à ‘AP’, a assessoria de imprensa de Schumacher informou que ainda não pode passar informações detalhadas sobre o estado de saúde do heptacampeão. “Em uma viagem particular para os Alpes Franceses, Michael caiu e bateu a cabeça. Ele foi levado para o hospital para cuidados médicos. Pedimos a compreensão de que não podemos continuar dando informações no momento. Ele estava usando capacete e não estava sozinho. Nenhuma outra pessoa se envolveu”, relatou.

Schumacher estreou na F1 em 1991 correndo pela equipe Jordan e logo trocou o time pela Benetton, substituindo o brasileiro Roberto Pupo Moreno. Um ano depois, em 1992, venceu sua primeira corrida, o GP da Bélgica. Ele começou a escrever a história do Mundial em 1994, quando foi campeão pela primeira vez, derrotando Damon Hill na corrida final, em Adelaide. O bicampeonato foi conquistado em 1995, antes da mudança para a Ferrari.

O alemão foi correr na equipe mais famosa do mundo sabendo que não teria um carro competitivo de cara: aceitou o desafio de reerguer o time que não era campeão de Pilotos desde 1979 e de Construtores desde 1983. O tão esperado terceiro título só foi comemorado em 2000, mas abriu a mais vencedora sequência da história da F1: foram cinco taças consecutivas até 2004. A primeira aposentadoria veio no fim da temporada 2006.

Nesse meio tempo, Schumacher foi uma máquina de quebrar recordes. Tornou-se o maior campeão (hepta), o maior vencedor de GPs (91 vezes), passou Ayrton Senna em número de pole-positions (terminou a carreira com 68), além de ter mais pódios do que qualquer outro piloto. Ele só não conseguiu bater o recorde de GPs disputados, à época, pertencente a Riccardo Patrese.

Também colecionou vilanices. As duas mais conhecidas são as do GP da Austrália de 1994 e do GP da Europa de 1997. Em ambas, bateu com um carro da Williams para tentar ser campeão. Na primeira, deu certo. Na segunda, contra Jacques Villeneuve, não.

Schumacher não conseguiu ficar muito tempo longe das pistas, contudo. Ele aceitou uma proposta da Mercedes para encerrar a aposentadoria e assinou contrato de três anos para correr entre 2010 e 2012. O retorno não foi de tanto sucesso, porém. Os grandes feitos, ambos em 2012, foram uma pole no GP de Mônaco – perdida devido a uma punição carregada da prova anterior – e o pódio no GP da Europa, quando terminou em terceiro. (MSN)