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O pesquisador Alexandre Jose Tiberti testa robô no novo laboratorio da Embrapa em São Carlos

A Embrapa inaugura nesta quinta-feira (19) o Laboratório de Referência Nacional em Agricultura de Precisão, cujo objetivo é integrar pesquisadores de diversas áreas, de agrônomos a cientistas da computação, e desenvolver novas soluções para a produção agrícola.

O laboratório em São Carlos vem na esteira da rede de pesquisa em agricultura de precisão da instituição, que hoje já congrega mais de 200 especialistas em 20 unidades da Embrapa pelo país.

A ideia é que o escritório ajude os produtores a aproveitarem ao máximo a variabilidade de recursos tecnológicos de sua propriedade, segundo o coordenador da rede, Ricardo Inamasu.

Ele deu um exemplo de como o laboratório vai atuar: "O que a gente vê é que parte de uma propriedade pode estar produzindo, digamos, duas toneladas por hectare, enquanto outra produz oito, mas a quantidade de insumos usada nelas é a mesma".

Segundo ele, isso se dá devido a uma superdosagem, de um lado, e "má alimentação", de outro. É aí que a agricultura de precisão age. "Não adianta ir para o campo com o GPS se ele não pensar na gestão dessa variabilidade."

'TRATAMENTO VIP'

Mais ou menos o mesmo vale para o impacto da pecuária de precisão, afirma Alberto Bernardi, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste e vice-coordenador da rede.

No caso da criação de animais, levar em conta o nível de produtividade individual dos bichos ajudaria, por exemplo, a dar "tratamento VIP" às vacas leiteiras mais produtivas ou a organizar um confinamento mais rápido para os bois de corte que engordam com facilidade.

Segundo Inamasu, é possível usar esses conceitos sem aderir a tecnologias caras.

Ele reconhece o risco de usar o termo "agricultura de precisão" como mero slogan de marketing, mas argumenta que o conceito ajuda os produtores a aproveitarem ao máximo a variabilidade de recursos de sua propriedade.

Da Folha de São Paulo