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Em tempos de crise, uma surpresa: alguns setores conseguiram escapar da crise e estão até contratando. É incrível esta notícia em um momento que o desemprego e a inflação estão em alta. Mas onde estão essas vagas? Mesmo no comércio tem lugar contratando. Estão fora dessa crise setores considerados essenciais: alimentação, medicamentos e combustíveis. Neles, em vez do tradicional ‘não há vagas’ e as temíveis demissões, o que se vê são contratações e oportunidade de emprego até para quem já passou dos 50 anos.
Fila para abastecer em um posto de combustíveis em Brasília. No supermercado, o caixa não para. As vendas também continuam nas farmácias. Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio revela setores que mesmo com a crise ampliaram a oferta de vagas de emprego. Os supermercados foram os campeões: em um ano, de maio de 2014 a maio de 2015, geraram quase 70 mil vagas.


Luma Fontinele ficou com uma delas. Há quatro meses trabalha como operadora de caixa. “Corri atrás. Ficar desempregado um dia já é um sufoco, imagina um mês”, conta.
Os outros setores que mais criaram vagas de emprego entre maio do ano passado e maio deste ano foram de perfumaria, cosmético e farmácia: mais de 18 mil.
Deivison de Oliveira está concorrendo a uma vaga de emprego em uma farmácia. Ele está na segunda semana de experiência. O resultado sai na semana que vem. Só então ele vai descobrir se vai ou não ser contratado. “Sempre buscando mais, buscando dar o melhor de mim na farmácia para estar conseguindo. Um futuro melhor. O que todos nós procuramos é um futuro melhor”, afirma.


Seu Geraldo é só alegria. Mesmo com a crise, o frentista de 54 anos não teve dificuldade em conseguir emprego. “O emprego garante tudo. Sustenta meus filhos, aluguel, luz e água”, diz. O setor que Geraldo trabalha, o de combustíveis e lubrificantes, é o quarto que mais ofereceu emprego, mostra o estudo: foram 9.210 vagas.
O estudo mostra também que a região Sudeste responde por mais da metade das contratações dos segmentos pesquisados e o candidato com ensino médio completo tem abocanhado a maior fatia, ocupando até 65% das vagas.


“Qualquer uma delas busca, principalmente as de comércio e vendas, pessoas que estejam focadas no futuro, pessoas que tenham bom relacionamento com seus companheiros, isto é, saiba trabalhar em equipe, e tenha também foco no cliente, esteja atendo no bom atendimento, na boa relação no sentido de fidelizá-lo”, afirma o presidente da Fecomércio do DF, Adelmir Santana. “Quando deito a cabeça no travesseiro, graças a Deus amanhã eu vou levantar sabendo que vou ter um emprego”, diz o frentista.