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A empresária Perinalva Dias Paiva passou 28 dias em coma em Vitória da Conquista, no interior da Bahia. Os médicos constataram que rins e fígado haviam parado de funcionar, restando apenas o coração em atividade. Ela chegou a desfalecer em casa, ainda antes da chegada do Samu. Os sintomas começaram após sessões de soroterapia, um “soro da imunidade” rico em vitaminas, aplicado em uma clínica médica.

"Ele disse que eu estava com falta de vitaminas e que ia me passar umas vitaminas em soro", relatou Perinalva em entrevista ao Fantástico. Na época, ela havia procurado um médico para tratar sintomas como cansaço e indisposição. Foi aí que recebeu a indicação de soroterapia para dar "um up no ânimo".

Segundo a filha da empresária, Polliana Pitombo, os sintomas mais graves não demoraram a aparecer.

"O xixi foi evoluindo daquela cor de tom amarelo para o tom de Coca-Cola. Ela começou a urinar com sangramento", contou a filha da empresária. Em seguida, vieram náuseas, febre persistente dificuldade para se manter de pé. Segundo o relato Perinalva, suas pernas deixaram de responder, sinal de que o corpo estava em colapso.

"Estava intoxicada com a soroterapia", afirmou Perinalva, que precisou ser socorrida. "A cardiologista disse que o único órgão que estava funcionando ainda era meu coração."
Durante a internação, nefrologistas, hematologistas e endocrinologistas se uniram para tratar a intoxicação por excesso de vitamina D. O diagnóstico foi de hipervitaminose, uma condição em que o organismo acumula vitaminas em níveis muito acima do necessário, provocando lesões graves em órgãos vitais.

“Hipervitaminose é uma condição em que o organismo ele recebe uma quantidade de vitaminas acima da sua necessidade, e essa vitamina vai se acumulando e ela pode gerar lesões em órgãos e sistemas", explica Raymundo Paraná, gastro-hepatologista e pesquisador da UFBA.

O dia amanhece gelado. Você hesita em sair da cama, uma, duas vezes. Toma coragem, levanta, pega alguma coisa para comer e, mesmo atrasado, vai para a academia. O resultado é quase certo: treino fofo. Mas melhor feito do que perfeito, não é?

Os especialistas dizem que não é bem assim. Antes de mais nada, é preciso entender, de forma mais técnica, o que é treinar fofo?

O treino fofo acontece quando a intensidade ou o volume do treino está abaixo do que seria necessário para gerar adaptações no corpo. Ou seja, quando o estímulo não é suficiente para provocar ganho de força, resistência, melhora do condicionamento ou outras mudanças desejadas.

"É como regar uma planta com pouquinha água: mantém viva, mas não cresce", compara Liu Chiao Yi, professora do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A curto prazo, essa estratégia pode até funcionar, inclusive sendo benéfica para a criação de um hábito. Mas, a longo prazo, faz com que não se alcance os resultados que deseja, contribuindo para que a pessoa fique ainda mais desestimulada. (entenda mais abaixo)

Criação de hábito x estagnação

Que todo mundo treina fofo em algum momento, é praticamente fato. Acontece em dias que você se sente sobrecarregado por outras atividades, cansado, quando o tempo está curto e até por falta de orientação adequada de um profissional.

E, segundo alguns especialistas, insistir em ir à academia mesmo sem muita vontade pode ajudar na consolidação do hábito.

Um meteoro brilhante riscou o céu noturno sobre o vulcão Sakurajima, em Kagoshima, no sul do Japão, na madrugada de terça-feira (19). O fenômeno foi registrado por uma câmera de monitoramento instalada no topo de um prédio e rapidamente se espalhou pelas redes sociais, chamando a atenção de moradores e entusiastas da astronomia.

As imagens mostram a bola de fogo cruzando o horizonte e iluminando a paisagem por alguns segundos. Moradores relataram que a luz intensa chegou a clarear ruas e construções próximas.

Esse tipo de meteoro, conhecido como bola de fogo (fireball), ocorre quando fragmentos espaciais entram na atmosfera terrestre em alta velocidade. O atrito provoca o aquecimento e a vaporização da rocha, resultando em um rastro luminoso que pode ser visto a grandes distâncias.

Marcus Pearce Role,The Conversation*

Muitos de nós adquirimos o hábito de escutar podcasts, áudios e outros conteúdos online em uma velocidade de reprodução mais rápida. Para os jovens, inclusive, isso é praticamente uma regra.

Uma pesquisa realizada com estudantes da Califórnia, por exemplo, revelou que 89% mudavam a velocidade de reprodução das aulas online, e já houve várias reportagens em diferentes veículos de comunicação sobre como assistir vídeos no "modo rápido" se tornou comum.

É fácil pensar nas vantagens de assistir as coisas rápido: consumir mais conteúdo em menos tempo, revisar o mesmo conteúdo várias vezes para absorver o máximo de informações.

Isso pode ser especialmente útil em um contexto educacional, liberando mais tempo para o aluno consolidar o conhecimento, fazer provas práticas etc.

Assistir vídeos no modo rápido também pode ser uma boa maneira de manter nossa atenção e interesse durante todo o vídeo, evitando que a mente se distraia.

Mas, e quanto às desvantagens?

Sobrecarga cognitiva
Quando uma pessoa é exposta a informações faladas, os pesquisadores distinguem três fases da memória: a codificação da informação, o armazenamento e, posteriormente, a recuperação.

 

Na fase de codificação, o cérebro precisa de certo tempo para processar e compreender o fluxo de palavras que recebe. É preciso extrair as palavras e recuperar seu significado contextual da memória em tempo real.

As pessoas geralmente falam a uma velocidade de cerca de 150 palavras por minuto, embora dobrar esse número para 300 ou triplicá-lo para 450 palavras por minuto ainda esteja dentro do que podemos considerar inteligível.

A questão está mais relacionada à qualidade e à durabilidade das lembranças que formamos.

As informações que recebemos são armazenadas temporariamente em um sistema de memória chamado memória de trabalho. Isso permite que fragmentos de informação sejam transformados, combinados e manipulados até atingir uma forma adequada para serem transferidos para a memória de longo prazo.

Considerando que nossa memória de trabalho tem uma capacidade limitada, se chega muita informação rápido demais, ela pode ficar sobrecarregada. Isso leva à sobrecarga cognitiva e à perda de informações.

*Dan Baumgardt -The Conversation

 O falecido e grande comediante australiano Barry Humphries (famoso por sua personagem Dame Edna) falou certa vez, com humor, sobre os benefícios da couve para a saúde.

Segundo ele, bastava um "punhado" para fornecer vitaminas, minerais e oligoelementos essenciais em quantidade suficiente para mantê-lo no banheiro por dois dias inteiros. Ao que parece, o sabor não compensava uma segunda porção.

Em um mundo em que os "superalimentos" são comercializados por sua suposta capacidade de fornecer todos os nutrientes que necessitamos, vale a pena se perguntar: quais vitaminas são realmente essenciais?

E, além da couve, quais outros alimentos nos ajudam a cobrir nossas necessidades diárias?

Vitamina A
Comecemos pela mais importante: a vitamina A.

Um homem de 60 anos precisou ser hospitalizado após desenvolver uma doença rara ao seguir orientações de dieta indicadas pelo ChatGPT.

O caso aconteceu nos Estados Unidos e foi publicado como artigo pelos médicos que o atenderam no periódico científico "Annals of Internal Medicine", na última semana.

O paciente desenvolveu bromismo, uma intoxicação por brometos. Hoje, trata-se de uma condição rara, mas que, no passado, foi responsável por diversas internações psiquiátricas, já que pode provocar alucinações.

O que houve com o paciente?
Segundo os médicos, o homem chegou ao hospital com crises de paranoia — acreditava que o vizinho estava tentando envenená-lo e que a água do filtro estava contaminada.

Inicialmente, os profissionais suspeitaram de um transtorno psiquiátrico, e ele chegou a ser encaminhado para uma ala específica.

A psicóloga norte-americana Emily Anhalt acredita que podemos – e devemos – treinar nossa mente como fazemos com o corpo. Tanto que é cofundadora da Coa, uma “academia” dedicada a desenvolver a aptidão emocional. “Hoje há menos estigma, as pessoas falam abertamente que estão enfrentando transtornos mentais, e os mais jovens não se envergonham”, afirmou em entrevista on-line. Também acaba de lançar “Flex your feelings: train your brain to develop the 7 traits of emotional fitness”, o equivalente a “Flexione os sentimentos: treine seu cérebro para desenvolver os 7 atributos da aptidão emocional”. Nesse caso, o verbo flexionar é usado como uma metáfora para “malhar os músculos” da mente.

Aqui estão os sete atributos:

Atenção plena (mindfulness): não se dispersar e saber avaliar seus sentimentos. Segundo ela, é “sentir-se confortável com o desconforto interno”.
Curiosidade: trocar a postura defensiva pela abertura para o novo e para o crescimento. “Peça feedback às pessoas, pergunte no que pode melhorar”, recomenda.
Autoconsciência: reconhecer suas forças e fraquezas emocionais, os gatilhos que o/a desestabilizam, as ideias preconcebidas (que todos temos).
Resiliência: recuperar-se diante dos fracassos e dificuldades. “Ninguém volta a ser quem era antes, mas o objetivo é trabalhar para que sejamos mais fortes dali para a frente”, explica.
Empatia: entender as emoções dos outros, colocando-se em seu lugar.
Comunicação: expressar necessidades, expectativas e limites. Anhalt destaca a importância de também ser um bom ouvinte: “as pessoas querem a presença e a empatia dos outros, e não conselhos”.
Espírito lúdico: sua definição para essa característica é “ser alguém que abraça o ‘sim’ e o ‘com’, alimentando as possibilidades e aprofundando conexões. Aproxime-se, faça perguntas para quebrar o gelo”. Para facilitar, criou uma lista com coisas como: “o que foi mais importante para você no Ensino Médio?”; “qual seria o título da sua autobiografia?”; “preferiria passar um dia com seu eu mais jovem ou mais velho?”.
Gostei especialmente dos conselhos que deu para todos os ansiosos e ansiosas, que costumam ruminar os problemas sem parar. Ela garante que sempre se vale dessas duas estratégias:

Encontrado em quase tudo, desde barrinhas de proteína a energéticos, o eritritol é considerado há muito tempo uma alternativa saudável ao açúcar.

Mas, uma nova pesquisa sugere que esse adoçante amplamente utilizado pode estar comprometendo silenciosamente uma das barreiras mais importantes do nosso corpo, com possíveis consequências sérias para a saúde do coração e risco de acidente vascular cerebral (AVC).

Um estudo recente da Universidade de Colorado indica que o eritritol pode danificar células da barreira hematoencefálica — um "sistema de defesa" do cérebro responsável por impedir a entrada de substâncias nocivas enquanto permite a entrada de nutrientes essenciais.

Os resultados reforçam preocupações apontadas em estudos anteriores, que haviam observado uma relação entre o consumo de eritritol e o aumento de casos de infarto e AVC.

Nesse novo experimento, pesquisadores expuseram células da barreira hematoencefálica a níveis de eritritol semelhantes aos encontrados no sangue após o consumo de uma bebida adoçada com esse componente.

O resultado foi uma reação em cadeia de danos celulares que pode deixar o cérebro mais vulnerável à formação de coágulos sanguíneos, levando a um AVC.

Infarto e AVC

O eritritol desencadeou o que os cientistas chamam de estresse oxidativo — uma sobrecarga de moléculas altamente reativas, conhecidas como radicais livre, que danificam as células enquanto reduzem as defesas antioxidantes naturais do corpo.

 

Esse ataque duplo comprometeu a habilidade das células de funcionar normalmente e, em alguns casos, levou à morte celular.

Mas talvez o mais preocupante sejam os efeitos do eritritol sobre a capacidade dos vasos sanguíneos de regular o fluxo de sangue.

Em condições normais, os vasos funcionam como controladores de tráfego: se dilatam quando os órgãos precisam de mais sangue — durante exercícios, por exemplo — e se contraem quando a demanda de sangue diminui.

Esse equilíbrio delicado é alcançado por meio de duas moléculas importantes: o óxido nítrico, que relaxa os vasos sanguíneos, e a endotelina-1, que os contrai.

O estudo mostrou que o eritritol desregula esse sistema essencial, reduzindo a produção de óxido nítrico e aumentando os níveis de endotelina-1.

Isso faz com que os vasos sanguíneos permaneçam perigosamente contraídos, o que pode levar à falta de oxigênio e de nutrientes no cérebro.

Esse desequilíbrio é um indicador de risco para AVC isquêmico, causado por coágulos que bloqueiam o fluxo sanguíneo no cérebro.

Ainda mais alarmante, o eritritol parece sabotar a defesa natural do corpo contra coágulos.

Normalmente, quando um coágulo se forma nos vasos sanguíneos, as células liberam um composto chamado ativador do plasminogênio tecidual (tPA), que dissolve o bloqueio antes que ele cause um derrame.

Mas o adoçante inibiu esse mecanismo de proteção, permitindo que os coágulos progridam sem controle.

Tomar café da manhã depois das 9h pode afetar o equilíbrio hormonal e aumentar o risco de doenças metabólicas, como o diabetes tipo 2.

Estudos mostram que quem toma café da manhã mais cedo tem menor risco de resistência insulínica, obesidade e síndrome metabólica. Além disso, o horário da primeira refeição influencia diretamente os níveis de cortisol — hormônio ligado ao estresse e à regulação da energia — e o funcionamento do relógio biológico.

O cortisol é um hormônio que tem um pico nos primeiros 30 a 45 minutos após o despertar e queda gradual ao longo do dia. O pico ajuda a pessoa a se sentir alerta e aumenta ligeiramente a glicose para fornecer energia através da mobilização dos estoques energéticos.

 Durante um jejum prolongado, os níveis de insulina diminuem e o corpo começa a usar estoques de gordura como fonte de energia. Isso pode melhorar a sensibilidade à ação da insulina e reduzir os níveis de açúcar e gordura no sangue.

Mas o horário do jejum importa. Comer muito tarde (café da manhã e/ou jantar) e pular o café da manhã pode desalinhar o relógio biológico e contribuir para distúrbios metabólicos, segundo o médico endocrinologista Fernando Valente.

O que é o cortisol e por que ele importa de manhã?

Cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, que têm várias funções, como regular o metabolismo, modular os níveis de açúcar no sangue, de pressão arterial e de inflamação, tendo uma influência direta no ciclo sono-vigília. Ele é responsável pelo ânimo, pelo vigor, pelo foco e tem uma função positiva na imunidade.

“Embora seja conhecido como o ‘hormônio do estresse’, ele é essencial para manter a nossa energia, foco, imunidade e metabolismo em equilíbrio. Afinal, o ‘estresse’ de forma equilibrada nos promove movimento, ação e nos tira da inércia”, explica a nutricionista clínica e comportamental e terapeuta integrativa Adriana Loyola.

O pico matinal do cortisol é saudável e necessário, porque ele nos ajuda a liberar glicose para gerar energia, melhora a concentração, e até influencia positivamente o humor e a motivação.

Qual a relação entre jejum prolongado, glicose e saúde metabólica?
Valente explica que comer muito tarde (café da manhã e/ou jantar) e pular o café da manhã pode desalinhar o relógio biológico e contribuir para distúrbios metabólicos.

O metabolismo humano é mais eficiente pela manhã e comer nas primeiras horas do dia – antes das 9h, principalmente – melhora a regulação da glicose, de insulina e do apetite ao longo do dia, destaca a médica endocrinologista Daniela Fernandes.

Valente defende que o ideal é tomar café da manhã cedo (antes de 8 horas). Isso se alinha ao pico de cortisol e, de acordo com alguns estudos, pode reduzir o risco de obesidade, diabetes e doenças metabólicas. Entre 7 e 8 horas o corpo está mais preparado para metabolizar os nutrientes de forma eficiente, segundo o médico.

Loyola afirma que mais importante do que comer de 3 em 3 horas ou fazer jejum é a constância do número de refeições do dia, calorias e meta proteica que o indivíduo faz durante o longo prazo.

Há risco real de desenvolver doenças por tomar café tarde?
Estudos da crononutrição mostram que postergar o café da manhã para depois das 9h da manhã está associado a um aumento do risco de resistência à insulina e alterações na regulação da glicose. Isso acontece porque o corpo é mais sensível à insulina nas primeiras horas do dia, e ignorar essa janela pode desorganizar o ritmo circadiano e gerar estresse metabólico, explica Loyola.

Além disso, quem atrasa muito a primeira refeição tende a concentrar a ingestão calórica mais para o final do dia, o que também está ligado ao aumento de peso, inflamação e desregulação hormonal — fatores que favorecem o desenvolvimento do diabetes.

“Isso não significa que todo café da manhã tardio será prejudicial. Mas para pessoas com tendência à hipoglicemia, histórico familiar de diabetes ou que já apresentam resistência à insulina, atrasar demais a alimentação pela manhã pode piorar o quadro”, diz Loyola.

Valente afirma que tomar o café da manhã tarde pode resultar em desalinhamento do ritmo circadiano, maior risco de obesidade, diabetes, hipertensão, outras doenças metabólicas e até doenças cardiovasculares.

Estudos têm mostrado que o jejum intermitente faz a pessoa emagrecer, mas ocorre também uma grande perda de massa magra, o que não é bom para um emagrecimento saudável.

Uma pesquisa publicada em 2020 por cientistas da Universidade da Califórnia em uma das mais renomadas revistas de medicina, a "Jama International Medicine", mostrou que, apesar da perda de peso na balança das pessoas submetidas ao jejum, o maior volume perdido era de massa magra e não de gordura.

Um estudo feito pelo Departamento de Fisiologia e Biofísica da Universidade de São Paulo (USP) também encontrou o mesmo resultado. A pesquisa foi feita em ratos e comparou os animais em jejum intermitente com os que recebiam livre alimentação. Ao fim de 12 semanas, a pesquisa descobriu que houve, sim, redução de peso entre quem fazia jejum, mas com aumento da reserva de gordura. Ainda foi identificado como alerta para o longo prazo a sobrecarga do pâncreas.

Notícias ruins sobre o clima estão por toda parte. A África está sendo particularmente atingida pelas mudanças climáticas e eventos climáticos extremos, impactando vidas e meios de subsistência.

Vivemos em um mundo que está aquecendo em uma taxa mais rápida desde o início dos registros. No entanto, os governos têm agido lentamente.

A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) está a poucos meses de distância. Todos os 197 países membros das Nações Unidas deveriam ter apresentado planos climáticos nacionais atualizados à ONU até fevereiro deste ano. Esses planos descrevem como cada país reduzirá suas emissões de gases de efeito estufa em conformidade com o Acordo de Paris, um tratado internacional legalmente vinculativo. Este acordo compromete todos os signatários a limitar o aquecimento global causado pelo homem a não mais de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

 Os governos também devem levar seus planos de ação climática nacionais recém-atualizados para a COP30 e mostrar como pretendem se adaptar aos impactos que as mudanças climáticas trarão.

Mas, até agora, apenas 25 países, que respondem por cerca de 20% das emissões globais, apresentaram seus planos, conhecidos como Contribuições Nacionalmente Determinadas.

Na África, são eles a Somália, a Zâmbia e o Zimbábue. Isso deixa 172 ainda por vir.

As contribuições nacionalmente determinadas são muito importantes para estabelecer os compromissos de curto a médio prazo dos países em relação às mudanças climáticas. Elas também fornecem uma direção que pode informar decisões políticas e investimentos mais amplos. Alinhar os planos climáticos com os objetivos de desenvolvimento poderia tirar 175 milhões de pessoas da pobreza.

Aquela preguiça de levantar da cama no inverno tem explicação científica. É que, em épocas mais frias, a temperatura corporal também diminui e o organismo passa a priorizar funções internas essenciais.

Nosso corpo precisa produzir mais calor e gastar mais energia para manter a temperatura, o que eleva o chamado gasto energético basal. Por isso, mesmo sem fazer muito esforço, o organismo consome mais energia.

O resultado: mais sono, menos disposição e uma vontade constante de ficar embaixo das cobertas.

Além disso, os dias mais curtos influenciam no ritmo circadiano -- ritmo biológico que orienta o corpo no sono e na alimentação.

 Com menos exposição ao sol, o corpo reduz a liberação de serotonina, hormônio ligado ao bem-estar e ao humor. Isso pode provocar desânimo e impactar diretamente na disposição. E essa redução tende a deixar as pessoas mais desanimadas e menos dispostas ao longo do dia.

“A temperatura mais baixa reduz a vasodilatação periférica e a sensação de ‘alerta’, favorecendo um estado de economia de energia. Em termos evolutivos, é um mecanismo de proteção — recolher-se para preservar calor e energia vital”, acrescenta a médica nutróloga Camila Ciancio.

No frio, o corpo precisa produzir mais calor para se manter aquecido. Para isso, o cérebro (mais precisamente o hipotálamo) dá um sinal para liberar hormônios que ativam a tireoide. Essa ativação aumenta a produção de calor — um processo chamado termogênese.

Preservar a massa muscular pode influenciar diretamente nos resultados do tratamento do câncer de mama. É o que revela um estudo da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (SP), que avaliou mulheres com a doença em estágio inicial.

A pesquisa mostrou que pacientes com menor quantidade de massa muscular no momento do diagnóstico, tiveram piores desfechos de saúde e menor taxa de sobrevida em relação àquelas com massa preservada.

Segundo os pesquisadores, avaliar a composição corporal pode ajudar a orientar intervenções precoces e personalizadas.

O estudo, realizado ao longo de cinco anos, avaliou 54 mulheres diagnosticadas com câncer de mama em estágio inicial. Antes de iniciarem a quimioterapia ou radioterapia, todas passaram por exames que analisam a composição corporal, como a bioimpedância, e também por tomografias para monitoramento da doença.

Um dos focos foi o ângulo de fase, dado obtido pela bioimpedância que avalia a integridade das membranas celulares e está diretamente ligado à massa muscular.

“Esse dado vem ganhando destaque na literatura científica e se correlacionou com a perda de massa muscular. Pacientes com menor ângulo de fase já no diagnóstico apresentaram pior integridade celular e maior mortalidade após cinco anos”, explica a pesquisadora Mirele Savegnago Mialich Grecco, coordenadora do estudo.