Por que engasgamos mais à medida que envelhecemos? Há fatores como a perda de massa muscular, que afeta os músculos responsáveis por mastigar e engolir, e a redução da sensibilidade na garganta e na laringe, mas pouca gente percebe que, com o passar do tempo, a boca recebe um volume menor de estímulos. Pequenos ajustes na alimentação e na rotina da higiene oral podem retardar esse processo, ensina a fonoaudióloga e gerontóloga Marcela Motta, com especialização em neuropsicologia pela USP.

“Uma dieta mais restrita nos priva de sensações fundamentais para a boca, que trabalha com diversos elementos sensoriais, como paladar, textura, temperatura e pressão. Sua sensibilidade depende desse repertório de estímulos e poderíamos dizer que eles servem para deixá-la ‘alerta’”, diz a fonoaudióloga.

Com menos estímulos, diminui também a propriocepção – que é capacidade de percepção do próprio corpo – e aumenta o risco de não mastigarmos corretamente. O resultado é o alimento simplesmente deslizar sem que percebamos. Nem sempre o engasgo é notado ou vem acompanhado de sufocamento, que exige socorro imediato. Entretanto, restos de comida podem permanecer na orofaringe (a região intermediária da garganta, localizada atrás da boca, que recebe o bolo alimentar para enviá-lo ao esôfago).

“Esse acúmulo pode causar um pigarro, aquela sensação de que algo está preso na garganta, ou uma tosse noturna. Pode também gotejar para o pulmão, provocando uma pneumonia”, ensina Motta.

É comum que idosos passem a consumir alimentos que apresentam um estímulo menor. Às vezes, porque apresentam problemas de dentição; em outras, porque seguem dietas restritivas devido a doenças crônicas.

“A comida se torna monótona, a pessoa perde o apetite e ainda há o risco da perda da capacidade de deglutir com segurança, porque a musculatura da boca deixa de ser usada”, alerta a especialista.

Quando essa capacidade se deteriora, a condição se chama disfagia, que é a dificuldade de engolir alimentos, líquidos e até saliva. Nesse caso, é indispensável o acompanhamento de um profissional especializado para tentar reverter o quadro. Por isso são tão importantes as dicas de Marcela Motta para manter a boca sensível e “alerta”.

Diante de um crescente número de casos de intoxicação por metanol que já atingiu, ao menos, 127 pessoas no Brasil, uma tecnologia desenvolvida há três anos no Instituto de Química da Unesp, em Araraquara (SP), ganha nova relevância.

Em 2022, pesquisadores criaram um método rápido, barato e de fácil utilização para identificar a presença da substância tóxica em bebidas e combustíveis, mas a solução patenteada nunca chegou ao mercado por falta de parceiros comerciais. Em apenas 15 minutos e com um custo de R$ 10 é possível fazer a identificação. (veja mais abaixo).

A pesquisa foi liderada por Larissa Alves de Mello Modesto, à época mestranda na universidade. Hoje, como mestre em química e analista de desenvolvimento analítico, ela lamenta a demora na adoção da tecnologia.

"A patente está disponível há três anos para que alguma empresa produza um kit analítico e o venda. A demora acontece porque o controle de metanol em bebidas estava sendo negligenciado, até acontecer uma catástrofe de nível nacional como a de agora", afirmou a pesquisadora.

Veja mais abaixo como entrar em contato com a universidade para iniciar o processo de transferência de tecnologia.

Solução rápida e barata

O método desenvolvido pela equipe de Larissa resultou em um kit capaz de detectar a adulteração por metanol em bebidas como cachaça, uísque e vodca, além de combustíveis como etanol e gasolina. O grande diferencial é a simplicidade e o baixo custo.

Enquanto análises laboratoriais tradicionais, como a cromatografia gasosa, custam cerca de R$ 500 por amostra, o kit da Unesp teria um preço final de venda estimado em R$ 10, segundo a pesquisadora.

Dez anos após a primeira detecção de ondas gravitacionais, a astronomia viveu um novo marco recentemente.

O evento GW250114, registrado em 14 de janeiro de 2025, foi descrito como o sinal mais claro já captado da colisão entre dois buracos negros.

O registro foi feito pelo LIGO, um observatório com dois gigantescos detectores instalados nos Estados Unidos, um no estado de Washington e outro na Louisiana, que usa feixes de laser para medir distorções minúsculas no espaço-tempo, menores até que o diâmetro de um próton.

Foi assim que, pela primeira vez, cientistas conseguiram acompanhar com nitidez cada fase do encontro de dois buracos negros a 1,3 bilhão de anos-luz da Terra.

 O novo sinal foi três vezes mais claro do que o do histórico GW150914, registrado em 2015, quando as ondas gravitacionais foram detectadas pela primeira vez.

E essa “alta definição cósmica” permitiu testar com confiança duas das previsões mais célebres da física moderna: a lei da área de Stephen Hawking, segundo a qual a superfície de um buraco negro nunca diminui, e a descrição de Albert Einstein de que, ao se formar, esses objetos vibram e soam como sinos.

Combater o estado inflamatório do organismo. Esse foi o mantra da 12ª. edição do Aging Research Drug Discovery (ARDD 2025), realizada na última semana de agosto, em Copenhagen. O tema está intimamente ligado ao processo de envelhecimento, durante o qual o corpo perde gradualmente a capacidade de se defender. Por isso, havia grande expectativa em relação à palestra da médica e PhD Miriam Merad, imunologista de renome mundial e reitora de Inovação Terapêutica da Escola de Medicina Hospital Mount Sinai.

“A inflamação influencia todas as doenças humanas. O estado inflamatório se manifesta nas condições patológicas do coração e dos pulmões, em infecções, na neurodegeneração e na degeneração do sistema imunológico, que favorece o surgimento e crescimento de tumores. Combater a inflamação é a melhor arma contra o envelhecimento e as doenças”, afirmou.

Merad inclusive utilizou a expressão inflammaging – junção das palavras inflamação e envelhecimento – para destacar que, com o avanço da idade, ficamos suscetíveis a condições de inflamação crônica. E como combater esse quadro? Segundo a pesquisadora, a resposta está nos macrófagos.

A emissão de gases do efeito estufa está deixando o planeta mais quente e é claro que é uma preocupação ambiental. No entanto, ela é mais do que isso: os gases emitidos também poluem o ar, o que causa doenças e afeta a saúde das pessoas pelo mundo.

Entre as doenças apontadas estão síndromes respiratórias, pioras de quadros de quem já tem doenças como asma, bronquite e rinite. Isso acontece porque são liberadas partículas finas no ar que muitas vezes ficam invisíveis, mas são capazes de afetar o corpo humano.

 Dados do Ministério da Saúde apontam que, entre 2019 e 2021, mais de 300 mil pessoas morreram por doenças respiratórias causadas por fumaça e poluição.

 Essas partículas ainda viajam muitos quilômetros. Em 2024, por exemplo, ao longo do auge das queimadas na Amazônia, o céu no Sudeste ficou cinza e em alguns dias o sol era turvo por causa da fumaça que viajou milhares de quilômetros.

No ano anterior, também durante as queimadas, 3,7 milhões de pessoas procuraram atendimento médico com sintomas relacionados à inalação de fumaça, como falta de ar, tosse persistente e crise de asma.

Muita gente tem colocado o suplemento da creatina em pó direto na boca, sem diluir, com receio de perder um pouco do produto na mistura. Mas isso pode levar ao risco de broncoaspiração, como ocorreu com um paciente no Rio Grande do Sul este ano, alerta a vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva (ABNE), Michele Trindade.

Além disso, não há comprovação científica de que ingerir a creatina sem diluir em líquido traga mais benefícios em termos de absorção. Trindade recomenda que o composto seja ingerido junto com um carboidrato, como um suco, pelo fato de que, com ele, ocorre a produção de insulina pelo pâncreas e essa insulina favorece a entrada da creatina no músculo, de acordo com alguns estudos.

“Ela pode ser diluída em qualquer bebida. Pode ser água, suco ou leite. Também pode ser misturada na comida ou na fruta. No líquido, é preciso diluir bem para não deixar nada de pozinho no final. A classe médica não recomenda jogar direto na boca porque o pó pode ir para os pulmões e causar pneumonia”, explica Trindade.

A Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu um alerta sonoro devido à baixa umidade do ar em cidades do interior paulista, na tarde desta quinta-feira (11). O aviso chegou através da notificação nos celulares, reforçando também o alto risco de incêndio florestais.

Ao g1, a Defesa Civil estadual explicou que o alerta foi emitido, pois os níveis de umidade do ar estão abaixo dos 12% nesta quinta-feira. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade do ar ideal para a saúde está entre os 40% e 60%.

Os alertas chegaram nos celulares de moradores das regiões de Itapetininga, Sorocaba, Jundiaí, Marília, Bauru, Araçatuba, São José do Rio Preto e Presidente Prudente.

A Defesa Civil também informou que a mensagem foi direcionada para moradores de 511 municípios paulistas, sendo um número recorde entre os quatro alertas enviados, mostrando o nível crítico do período. As cidades têm índices abaixo de 12% com temperaturas acima dos 35 °C.

Estão abertas as pré-inscrições para o NASA Space Apps Challenge, a maior maratona de inovação do mundo promovida pela agência espacial norte-americana. O evento acontece de 3 a 5 de outubro, no Parque Tecnológico de Botucatu (SP), e tem promoção da TV TEM.

O cadastro é gratuito e pode ser feito até 14 de setembro pelo site nasa.spaceterra.org. Basta escolher a cidade de Botucatu e preencher um formulário eletrônico.

Podem participar pessoas acima de 18 anos, sejam estudantes, empresários, mentores ou entusiastas das áreas de espaço, tecnologia e meio ambiente. A inscrição é individual, mas os participantes podem formar equipes para os desafios.

O corpo humano precisa de proteínas. Elas desempenham inúmeras funções dentro das células e são essenciais para o crescimento, reparo e manutenção de músculos, ossos e pele. E, com as empresas de alimentos lançando versões ricas em proteína de uma enorme variedade de produtos — incluindo milk-shakes e barrinhas de granola, e até panquecas e pipoca — você pode ser levado a pensar que precisa adicionar mais proteína à sua dieta.

Mas nutricionistas afirmam que, se você está se alimentando o suficiente, provavelmente já está consumindo proteína em quantidade adequada.

“Adicionar proteína aos alimentos é muito benéfico — para o lucro daquela empresa”, disse Federica Amati, líder de nutrição no Imperial College London e nutricionista-chefe da empresa de ciência da saúde ZOE. “Não se baseia em saúde, não é respaldado pela ciência.”

A quantidade de proteína necessária depende da sua idade, peso e necessidades nutricionais individuais, e é especialmente importante que crianças e idosos consumam alimentos ricos em proteína. Veja o que você precisa saber sobre quanto consumir e como garantir as melhores fontes.

Um time internacional de neurocientistas acaba de dar um passo histórico para entender como o cérebro toma decisões. Pela primeira vez, pesquisadores mapearam a atividade neural de um mamífero inteiro — no caso, de um camundongo — com resolução de célula única durante tarefas de escolha.

O trabalho, publicado na quarta-feira (3) em dois artigos na revista Nature, foi conduzido pela Universidade de Princeton em parceria com o Laboratório Internacional do Cérebro (IBL), consórcio que reúne 22 laboratórios da Europa e dos EUA.

Como foi feito o estudo
Para chegar ao resultado, os cientistas treinaram camundongos a girar pequenos volantes, movendo círculos listrados exibidos em uma tela. Se acertassem a direção, ganhavam um gole de água com açúcar.

 Enquanto os animais tomavam decisões rápidas — muitas vezes em menos de um segundo —, eletrodos de alta densidade registraram simultaneamente a atividade de centenas de neurônios em diferentes regiões cerebrais.

Um iceberg gigante que se desprendeu da Antártida há 39 anos, na época o maior do mundo, está derretendo em águas que se tornaram mais quentes, segundo os cientistas.

No início do ano, o bloco de gelo batizado como A23a pesava cerca de 1 bilhão de toneladas e cobria quase 4.000 km², ou seja, 50% a mais que a superfície de Luxemburgo.

Mas, ao se deslocar para o norte, e portanto para regiões menos frias do Oceano Austral, grandes pedaços se desprenderam.

Seu tamanho atual é de 1.770 km², com uma largura que atinge 60 km, segundo uma análise da AFP a partir de imagens de satélite do serviço europeu Copernicus.

"Eu diria que está realmente chegando ao fim (...) Está simplesmente se deteriorando desde a base. A água está quente demais para que ele sobreviva. Está derretendo consistentemente", explicou à AFP Andrew Meijers, oceanógrafo do Instituto de Pesquisa Antártica do Reino Unido (British Antarctic Survey).

"Prevejo que isso continue nas próximas semanas, e que em algumas semanas ele será irreconhecível", acrescentou.

De setembro a dezembro, o calendário astronômico de 2025 ainda reserva uma série de eventos marcantes para quem gosta de observar o céu.

Nem todos poderão ser vistos do Brasil, mas alguns deles prometem um espetáculo à parte (e a olho nu!) para quem tiver paciência, junto com um pouco de sorte com o tempo limpo.

Já nesta semana, entre os dias 7 e 8, um eclipse lunar total vai poder ser visto por espectadores sortudos do leste da África, Ásia e Austrália.

Nesse tipo de fenômeno, a Lua adquire uma coloração avermelhada, conhecida como “lua de sangue” (entenda mais abaixo). O evento será um dos mais longos do ano, mas não poderá ser observado do Brasil.

No mapa abaixo fornecido pela Nasa, a agência espacial norte-americama, é possível ver os países que terão a oportunidade de ver o eclipse.

Os tons mais escuros, como está parte do continente americano, indicam os locais em que o eclipse não será visível. Já o cinza mais claro mostra a região onde será difícil observá-lo, visto que o fenômeno acontecerá perto do nascimento da Lua.